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Memória Oral por Verdade e Justiça aborda a resistência estudantil - QR Code Friendly
Quinta, 05 Junho 2014 11:52

Memória Oral por Verdade e Justiça aborda a resistência estudantil

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Memoria Oral na ALCE Memoria Oral na ALCE Foto: Bia Medeiros
O projeto “Memória Oral por Verdade e Justiça” abordou, manhã desta quinta-feira (05/06), a resistência estudantil à Ditadura Militar (1964-1985) no Ceará. Foi o décimo encontro envolvendo pessoas que protagonizaram acontecimentos marcantes nesse período da nossa história. A iniciativa é do Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp) da Assembleia Legislativa, em parceria com a Associação Anistia 64/68.

O conselheiro da Comissão Federal de Anistia do Ministério da Justiça, Mário Albuquerque, afirmou que o movimento estudantil foi uma das trincheiras mais fortes na época. “Foi o setor que mais bateu de frente com a ditadura”, lembrou. Segundo ele, o segmento com maior número de desaparecidos era o estudantil, que tinha mais acesso à informação. “Naquela época, a informação era muito controlada”, assinalou.

O odontólogo, líder estudantil nos anos 1960, Galba Gomes, lembrou que, quando estourou o golpe de 64, era aluno do Colégio Estadual Liceu do Ceará, fazendo parte da direção do Centro Inicial de Educação e Cultura. Em 1965, Galba ingressou na universidade e, a partir de 1966, começou o processo de rearticulação do movimento estudantil, na busca de liberdades. “Foi um período muito rico, do ponto de vista de mobilizações”, relembrou.

Em 1968, Galba disse que foi proibido de colar grau na turma, preso e demitido do emprego. “Eu era o orador da universidade e meu discurso foi submetido à censura. Fui chamado para concordar com as alterações. Não aceitei e  me telefonaram avisando que a solenidade havia sido cancelada”, recordou. Conforme ele, nesse ano, todos os concludentes colaram grau nas secretarias da universidade.

O evento contou também com o depoimento da líder secundarista na fase de reorganização do movimento estudantil, Lúcia Alencar. Atualmente ela é coordenadora do Instituto Frei Tito de Alencar.
LS/AT

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 1370 vezes Última modificação em Quinta, 05 Junho 2014 13:50

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