Você está aqui: Início Últimas Notícias Contratação de médicos estrangeiros divide opinião dos internautas
Já 32,5% defenderam a vinda de profissionais, já que faltam médicos para o Programa de Saúde da Família (PSF), sobretudo no interior do estado, e 17,5% também defenderam a vinda de profissionais para o País, desde que seja por um período, com profissionais qualificados para o PSF.
O deputado e médico Fernando Hugo (PSDB) se manifestou como “radicalmente contra a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil”. “A possível migração de 6 mil médicos cubanos para o Brasil é absurda. Os médicos de Cuba são formados com rudimentos da medicina. Afora esse despreparo científico, há também a dificuldade da língua. Como os médicos de Cuba irão trabalhar no Juazeiro?”, questionou.
Já o deputado e também médico Heitor Férrer (PDT) afirmou que é a favor da vinda de médicos para o Brasil, desde que os profissionais sejam qualificados e aprovados no exame Revalida. “Podem vir médicos de Cuba e até da China, mas precisam ser aprovados no exame de qualificação de Medicina, que é o Revalida”, disse.
O deputado Antonio Carlos (PT), em pronunciamento sobre o assunto na Assembleia, afirmou que o Brasil não tem médicos suficientes para suprir a demanda, e que esses profissionais “são necessários”. “Que façam os testes de aptidão, mas eles vão ser necessários em breve. Com todos esses novos equipamentos que o governo federal e os governos estaduais vêm inaugurando, a demanda irá crescer”, argumentou.
A professora da Universidade Federal do Ceará e coordenadora do Programa de Validação dos Profissionais da Atenção Básica (Provab), Neile Torres Araújo, afirmou que a contratação de médicos estrangeiros para o Brasil não vai minimizar os problemas na área da saúde. “O que precisamos é de uma melhoria do sistema de saúde”, ressaltou.
Segundo Neile, as condições nas unidades de saúde são bastante precárias. “A saúde depende não apenas de médicos, mas também de toda uma estrutura. Tem ainda a dificuldade da língua estrangeira. Caso sejam importados médicos para o Brasil, como vai acontecer a comunicação com a população?”, questionou.
GM/CG