Você está aqui: Início Últimas Notícias Situação dos pacientes ostomizados e laringectomizados é debatida na AL
A ostomia é uma intervenção cirúrgica que cria comunicação entre um órgão interno e o exterior do corpo para eliminação de dejetos ou para auxiliar na respiração e alimentação do paciente. Segundo a parlamentar, alguns pacientes tem passado até meses para conseguir a retirada ou a troca da bolsa de ostomia, e há pacientes que tiveram câncer na laringe e precisam de uma prótese para poder se comunicar e ter maior qualidade de vida. “Estamos querendo avaliar a situação para que seja possível dar maior qualidade de vida a essas pessoas ostomizadas. O debate é para dar voz a essas pessoas”, afirmou.
Yara Santiago, coordenadora do Serviço de Atenção à Pessoa Ostomizada da Secretaria de Saúde do Estado, disse que o serviço funciona desde fevereiro de 2016 e oferece uma atenção integral aos pacientes com ostomos intestinais e urinários, não só no fornecimento de bolsas e acessórios como também treinamento sobre os cuidados do uso desses dispositivos, orientação para o retorno as atividades diárias. “O atendimento integral tem como objetivo a reinserção desses pacientes no mercado de trabalho e ao seio da família”, destacou.
Ela adiantou que o atendimento feito a pacientes de todo o Estado está sendo ampliado. Em 2016 o serviço começou com aproximadamente 1.650 pacientes e hoje, com quase três mil pacientes cadastrados, tem sido dado continuidade ao fornecimento contínuo do material necessário para os pacientes ostomizados.
A fonoaudióloga Cláudia Belém, coordenadora do Grupo de Assistência aos Pacientes com Laringectomia Total (Gal), disse que o debate é para mostrar a sociedade que esses pacientes laringectomizados existem e que assim como os pacientes colostomizados que recebem a bolsa, eles tem a necessidade de vários insumos e não tem a assistência que deveriam ter. “A gente espera com essa audiência que esses pacientes sejam percebidos e que os direitos que eles têm passem a valer, com a assistência a quem tem direito”, pontuou.
Segundo ela, não há um registro do número de pacientes laringectomizados no estado do Ceará, mas somente na Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza são cerca de 50 cirurgias de laringectomias totais por mês. O grupo de apoio dela, por exemplo, criado há dois meses, começou com três pacientes e hoje já está com 16, e todo dia o grupo recebe novos pacientes.
Também participaram da audiência, os representantes do Conselho Estadual de Saúde, Jacinto Araújo e do Conselho Municipal de Saúde, Ana Karine Castelo; o fonoaudiólogo e coordenador do Grupo de Apoio Ressoar, Jorge Moreira; a representante da Associação Nossa Casa, Daniele Castelo e o representante dos pacientes ostomizados, Francisco Heráclito; além de pacientes de Fortaleza, Maracanaú e Pedra Branca.
WR/CG