Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas reconhecem necessidade de combater o mosquito da dengue
A maioria (74,5%) diz já ter se antecipado, com buscas em torno de casa, eliminando os pontos de acúmulo de água limpa. Outros 25,5% declararam que estão aguardando as campanhas do Poder Público e aplicação do fumacê.
O deputado Marcos Sobreira (PDT) afirma ter ficado satisfeito em saber que a população não está apenas esperando a atitude do Poder Público e está consciente, agindo para evitar a proliferação do Aedes aegypti. “O apoio de cada um de nós é fundamental para que possamos continuar no combate ao mosquito”, acrescenta.
O parlamentar destaca a importância desse tipo de ação, lembrando que, como vice-prefeito de Iguatu, encabeçou a campanha "Sua vida vale prêmios", em parceria com a CDL do município. “As residências em que os agentes de endemias identificavam que não havia foco do inseto recebiam o selo 'Esta casa está livre da dengue', e o morador ganhava um cupom para concorrer a bonificações”, relata.
Já o deputado Queiroz Filho (PDT) considera fundamental que as providências de combate ao mosquito sejam tomadas dentro de casa. “Essa é a única alternativa que temos de combate ao mosquito. Até o momento, não existe uma tecnologia, nada que possa ser feito em relação à proliferação de doenças como zika, dengue e chikungunya que não seja combatendo o mosquito”, observa.
Na avaliação dele, mesmo com a importância dos carros fumacê, o combate deve ser reforçado. “De cada 10 focos do mosquito da dengue, oito estão dentro das nossas casas. É fundamental que haja essa corrente, que todo mundo faça seu papel, para a gente não passar por esses problemas, principalmente no período de chuvas”, assinala.
Para o deputado Apostólo Luiz Henrique (Patri), a população precisa entender que a dengue não é só uma questão do Poder público, mas um desafio para cada cidadão. "Precisamos nos posicionar, nos transformar em vigilantes do bem e da vida, fazendo uma varredura em nossas casas, em nossas ruas, no colégio, na faculdade, no trabalho, na igreja, colocando tudo em ordem para o nosso próprio bem e o bem de todos", ressalta.
O parlamentar diz ainda que o Poder Público, por sua vez, deve cumprir seu papel com ações educativas, preventivas e de enfrentamento ao Aedes aegypti. "Eu acredito que nós vamos vencer esse desafio e erradicar o mosquito em nosso território."
O médico infectologista Anastácio Queiroz avalia com certa preocupação o resultado da enquete, considerando que boa parte das pessoas que atuam preventivamente não o fazem de de forma periódica. Para ele, é necessário que o trabalho de prevenção seja semanal, uma vez que o mosquito se multiplica rapidamente.
“Fazer uma vez é muito fácil, mas fazer isso continuamente, o ano todo, é muito difícil. Se você tiver 20% dessas pessoas que não repetem, mais 27% dos que não irão fazer, temos quase 50%. Isso mostra por que realmente a prevenção fica muito deficiente, e o risco de termos mais casos é mais fácil”, pondera. A pesquisa mostra que “é preciso trabalhar um pouco mais para mobilizar as pessoas.”
LS/AT