Você está aqui: Início Últimas Notícias Prevenção e garantia de medicamentos são desafios no combate à Aids
Individualmente, a necessidade de mais medicamento e exames foi apontada por 21,8%, enquanto 15,8% acreditam na proposta de campanhas educativas e combate ao preconceito.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) concorda com os internautas. A Aids, de acordo com a parlamentar, é um dos estigmas da sociedade, e a forma como foi trabalhada está errada desde o início. “Ainda levará décadas para que se leve o assunto com a seriedade que merece por parte da população. Enquanto isso não acontecer, ainda haverá muito gasto com remédio”, afirma.
Para adeputada Fernanda Pessoa (PR), a garantia de medicamentos e assistência médica são ações fundamentais na luta contra a Aids. “Fornecer e promover o uso de preservativos e lubrificantes, oferecer testes de HIV em áreas frequentadas pela população de maior risco e expandir o acesso à profilaxia são também algumas das medidas que, se reforçadas, podem ajudar a reduzir a doença", pontuou .
O deputado Carlos Felipe (PCdoB) também concorda com a maioria e aponta que o acesso aos medicamentos de última geração mudou o perfil e a perspectiva de vida dos portadores de HIV. Esse acesso, porém, segundo o ele, continua muito difícil, e os custos são altíssimos. “A situação poderá ser agravada com a aprovação dessa Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que congelará os gastos em saúde pelos próximos 20 anos”, alerta.
Carlos Felipe afirma ainda que só medicamentos não resolvem. “É necessária toda uma educação da população nesse sentido, convencê-las de que a prevenção deve ser levada a sério”, diz.
O infectologista e professor de Medicina Clínica e de Patologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), médico Anastácio Queiroz, assinala que o grande desafio é a “mudança de comportamento da população”.
De acordo com o médico, a população já tem acesso aos medicamentos e à informação, mas é preciso fazer com que a sociedade encare a discussão sobre a Aids com seriedade. “Deve-se discutir na família, nas escolas, e convencer as pessoas através da informação”, aponta.
O infectologista ainda acrescenta que, mesmo com todo o acesso à informação e aos medicamentos, os números apontam uma curva ascendente de infectados. “Então, o desafio maior, de fato, é convencer a população a mudar esse comportamento e levar a prevenção a sério”, frisa.
PE/AT