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Internautas mostram-se divididos sobre ocupações de escolas e universidades - QR Code Friendly
Segunda, 21 Novembro 2016 11:05

Internautas mostram-se divididos sobre ocupações de escolas e universidades

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A enquete do Portal da Assembleia Legislativa perguntou, entre os dias 13 e 20 de novembro, se os internautas consideram justa a ocupação de escolas e universidades do País. Para 44,8%, essa é uma forma legítima de lutar contra o corte de verbas em áreas sociais e, por isso, eles concordam com a forma de manifestação.

A mesma quantidade de internautas (44,8%) defende que há alternativas, com manifestações em outros espaços e sem interferir no funcionamento das instituições. Outros 10,4% discordam das ocupações, pois entendem que a decisão da minoria de estudantes prejudica os demais alunos.

O deputado Ely Aguiar (PSDC) avalia que a classe política tem cometido muitos equívocos, contrariando a opinião pública. “As pessoas não encontram outro meio a não ser se manifestar. A manifestação é um direito justo, desde que não haja depredação do patrimônio público, agressões contra as pessoas, devendo ser de maneira pacífica, para chamar a atenção das autoridades. Todas as manifestações são válidas, desde que se respeitem os direitos dos outros”, defende.

Já o deputado Fernando Hugo (PP) afirma ser “radicalmente contrário” a ocupações de prédios públicos sem objetivo específico. “O prejuízo trazido pelo não funcionamento da estrutura púbica prejudica a sociedade como um todo. Nos últimos 30 anos, iniciou-se esse tipo de manifestação desordeira. Quase sempre os manifestantes deterioram o patrimônio público”, critica.

Para o presidente da Associação Juízes para a Democracia (AJD), André Augusto Bezerra, são legítimas as ocupações de escolas e instituições de ensino públicas em protesto contra a proposta que limita o teto para gastos públicos por 20 anos e contra a reforma do ensino médio.

Na avaliação dele, o movimento não transgride a legislação. "As ocupações, na forma que sucedem em escolas e universidades, consistem em exercício de liberdade de expressão que permite, aos coletivos, grupos e movimentos sociais, a atenção do Estado e da sociedade para as suas demandas. Representam, em outros termos, legítimo direito tutelado pela Constituição da República", comenta.

André Augusto Bezerra lembra ainda que, com o avanço da tecnologia, as manifestações ocorrem em diferentes espaços. “Na sociedade em rede, não é mais possível entender que vigore uma forma apartada de comunicação entre presentes de um lado e ausentes, do outro. Surgem, a todo momento, formas não usuais de manifestação, como é o caso das ocupações, que afetam um número considerável de pessoas, ganhando repercussão e gerando discussões sobre o evento”, ressalta.

JS/GS

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 1490 vezes Última modificação em Terça, 22 Novembro 2016 17:08

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