Você está aqui: Início Últimas Notícias Maioria de internautas defende legalidade do jogo de azar no Brasil
Outros 42,5% discordaram, argumentando que o jogo de azar, uma vez regulamentado no Brasil, seria mais uma fonte de corrupção e fortalecimento de crimes como o tráfico de drogas. Já 1,3% dos que responderam preferiram não opinar.
Para o deputado Sérgio Aguiar (PDT), ligado à área do turismo, é admissível enquadrar a prática como atividade econômica. Com a legalização desses jogos, acrescentou, será possível atrair investimento do capital internacional e, consequentemente, fomentar o turismo e financiar ações para superação de dificuldades que o País tem em determinados setores.
Ele destacou que uma cidade como Las Vegas, por exemplo, atrai todos os anos mais de 40 milhões de turistas. “Com a medida será enfraquecido o crime, que se alimenta de dinheiro gerado nas sombras. Nada melhor para combatê-lo do que trazer todas as atividades, inclusive os jogos, para o controle da lei”, considerou.
A deputada Fernanda Pessoa (PR) também concorda com a maioria ao afirmar que a legalização, de fato, ampliaria a arrecadação de impostos e movimentaria a economia. “Minha posição é que os jogos deveriam ser oficializados e estar principalmente nos municípios do Interior, para fomentar a economia das pequenas cidades”, avaliou.
Na mesma linha opinou o advogado Rena Melo, integrante da Comissão de Estudos Tributários da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE). Para ele, o resultado da enquete revela que a crise influenciou bastante essa posição. “A falta de recursos no País abriu a possibilidade de uma nova fonte de arrecadação. O público que normalmente tende ao conservadorismo de não aceitar esse tipo de atividade como legal começa a perceber que o Governo jamais conseguirá conter tal mercado, por isso passa a defender a legalização, para que quem explora a atividade passe também a ser fiscalizado e tributado”, disse.
Ele considera o argumento de que o jogo legalizado seria mais uma fonte de corrupção “completamente absurdo”. Por essa lógica, ressaltou ele, deve-se acabar com uma série de outras atividades, inclusive com o próprio governo. O advogado avaliou ainda que os jogos de azar são uma forma de entretenimento. “Não há crime nenhum, pois não há vítima. Proibir os jogos de azar é tolher a liberdade individual, a liberdade de escolha. Quem somos nós para decidir o que é melhor ou pior para cada indivíduo?”, indagou.
Renan Melo disse que a atividade, por sua própria natureza, não gera crime, pois não possui vítimas. Porém, “a partir do momento em que é proibido é que passam a se aliar a outras atividades criminosas. A proibição é que gera o crime, e não o contrário”, pontuou.
LS/CG