O líder do Governo, deputado Evandro Leitão (PDT), afirma ser estratégico para qualquer país ter controle da exploração de seus recursos naturais. Contudo, pondera o parlamentar, é preciso avaliar, neste momento de desvalorização do barril de petróleo, se essa operação pode causar prejuízo ou render dividendos. Para ele, esse debate não deve ser ideológico, mas pragmático, visando ao desenvolvimento e à sustentabilidade de nossa economia. "O que é certo? Precisamos de refinarias para refinar nossa produção de petróleo. Caso contrário, estaremos no mesmo lugar, a despeito de extrairmos essa riqueza ou não", avalia.

O primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado Sérgio Aguiar (PDT), no entanto, é favorável ao ingresso de outras empresas na exploração do petróleo do pré-sal. O parlamentar observou que, diante das dificuldades financeiras, a estatal não conseguirá realizar sozinha a retirada do petróleo. "A Petrobras, por conta do alto nível de endividamento, não tem mais como cumprir as obrigações previstas em lei", assinalou.

Para o economista Augusto Glauco Falcão, técnico em desenvolvimento econômico do Banco do Nordeste, a questão é como explorar o pré-sal está diretamente vinculado ao preço do petróleo internacional. “Com o preço do barril tipo Brent abaixo dos US$ 40, fica muito onerosa a exploração do petróleo do pré-sal, porque os lucros estão bastante reduzidos. Há dois anos, o preço estava próximo de US$ 110, o que daria uma confortável margem de lucro à empresa que fosse explorar. Portanto, qualquer modificação do sistema de exploração, quer seja partilha ou concessão, poderá promover resultados imprevisíveis no que diz respeito à lucratividade”, frisou.  
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