Outros 21,7% dizem que selecionam o lixo orgânico do lixo reciclável e destinam às cooperativas de reciclagem ou catadores.

Para a deputada Fernanda Pessoa (PR), o Governo do Estado precisaria executar mais campanhas e estimular a coleta seletiva do lixo. “As pessoas fazem o que é mais fácil, e muitos querem ajudar, mas nem sabem como”, disse. A parlamentar ressaltou que nos condomínios construídos pelo programa Minha Casa, Minha Vida a coleta seletiva poderia ser estimulada. “É preciso que o Governo e a Prefeitura deem o exemplo, para que as pessoas se interessem em separar os resíduos”, afirmou.

A deputada Dra. Silvana (PMDB), presidente da Comissão de Meio Ambiente da AL, salientou que a maioria das pessoas não separa o lixo porque não foi estimulada desde cedo. “As pessoas não têm essa cultura. Não é ensinado nas escolas e nem nas casas”, ressaltou. A parlamentar apontou ainda a dificuldade de descarte dos resíduos prejudiciais ao meio ambiente. “A pessoa separa e coloca onde? Não existe lixo separado nos apartamentos. É preciso se deslocar, e as pessoas preferem fazer o que é mais cômodo, colocar tudo no mesmo saco”, acrescentou.

O coordenador da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P)- AL Sustentável, Joscely Tabosa, salientou que as pessoas precisam ter conhecimento de “que descartar corretamente os resíduos é melhor e mais saudável para o meio ambiente”.

Joscely Tabosa frisou que a Agenda Ambiental se preocupa em destinar corretamente as lâmpadas para a Ecoletas Ambiental, que faz a destinação final de resíduos eletrônicos e de lâmpadas. As pilhas e baterias são descartas pelo programa Ecoelce. “Na Assembleia, separamos de maneira correta os resíduos e, além de destinar as lâmpadas e pilhas, todo o papel coletado vai para instituições de catadores e associações que reciclam esse material”, informou.

De acordo com o coordenador da A3P na AL, as pessoas podem fazer a separação do lixo em casa, manter organizado no carro e, quando passarem em frente a instituições que recebem esses resíduos, fazerem o descarte. “Fortaleza conta com vários postos de coleta. A própria Assembleia recebe. O grande gargalo é a falta de costume das pessoas de fazerem essa separação do lixo. É preciso estimular e mostrar que assim o meio ambiente fica mais saudável”, afirmou.
GM/AT