Para a deputada Eliane Novais (PSB), a enquete revela o clima de insegurança que impera no Estado. “O fracasso da política de segurança do Governador Cid Gomes reflete na população. A sociedade se sente insegura e há uma expectativa muito grande dos cearenses de que o próximo governante priorize o setor e realize os investimentos com racionalidade”, acrescentou.
A parlamentar destacou ainda os bons resultados do programa “Pacto pela Vida”, realizado em Pernambuco. Para a deputada, a iniciativa obteve êxito no controle da violência e poderia ser replicada no Ceará. “Não precisa muito esforço por parte do Governador”, ressaltou.
Mesmo reconhecendo que a segurança pública é o setor que mais preocupa a população, conforme demonstrou a pesquisa, o líder do Governo, deputado José Sarto (Pros), assinalou que todas as áreas do Executivo devem ser tratadas como prioritárias. O parlamentar destacou que “só nesses dois últimos anos e meio, com o coronel Bezerra à frente da secretária de segurança pública, foram presos mais de 260 assaltantes de bancos.
José Sarto informou ainda que o Governo do Estado formou, nos últimos dois anos, mais de sete mil profissionais no setor. Segundo ele, mais de cinco mil policiais entraram no quadro funcional da PM nesse período, elevando o efetivo, que antes era de pouco mais de 10 mil, para cerca de 17 mil. O parlamentar ainda destacou que, em 2015, 1.150 policiais, que iniciaram neste ano o curso de formação e ainda se encontram em treinamento, reforçarão ainda mais o contingente policial.
O deputado Paulo Facó (PTdoB) lembrou que a segurança pública é área prioritária, tendo em vista que o problema é percebido de forma mais abrangente. Em sua avaliação, enquanto há pessoas que não precisam de saúde ou educação públicas, todo mundo precisa da segurança pública, que é garantida prioritariamente pelo poder público.
Mestre e doutoranda em ciência política, Paula Vieira assinalou que o elevado índice de pessoas que elegeram, na enquete, a segurança pública como prioridade, reflete o sentimento de insegurança que reina na sociedade. Este sentimento provém do grande volume de crimes noticiados diariamente pelos meios de comunicação, principalmente a televisão. “Enquanto os crimes são alardeados com muita intensidade, muitas vezes envoltos em clima de sensacionalismo, as medidas que os combatem não causam o mesmo impacto”, acrescentou.
A cientista política também frisou que, muitas vezes, os resultados no combate ao crime não são percebidos no cotidiano. Seriam necessários estudos de longo prazo para que se tenha a exata medida dos sucessos ou dos fracassos de cada nova ação ou política adotada pelo Governo, avaliou Paula Vieira. Para ela, o Governo precisa se comunicar bem com a população, para que o conjunto da sociedade saiba que medidas estão sendo adotadas e quais os objetivos perseguidos.
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