O presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, deputado Professor Teodoro (PSD), concorda com o resultado da enquete e acredita que é preciso mais investimentos em qualificação e remuneração. "Sem o professor valorizado não teremos educação de qualidade. Em primeiro lugar está o professor, em segundo lugar o professor, em terceiro lugar o professor e só depois aparecem os livros e a estrutura", diz o parlamentar, que é autor da lei que institui a Semana Estadual de Valorização do Educador (lei 102/09) a partir do dia 15 de outubro de cada ano.

O deputado Lula Morais (PCdoB), que também é membro da Comissão de Educação, diz que o resultado da enquete era esperado. “Sem dúvida alguma o professor precisa ser valorizado na nossa sociedade.” O parlamentar aproveitou para afirmar que a expectativa é de maior valorização a partir do próximo ano, com a destinação dos recursos dos royalties do pré-sal para a educação: “75% dos royalties e a metade do Fundo Social do pré-sal vão ser destinados à educação. Esse dinheiro precisa ser investido na valorização e na melhoria da remuneração dos professores, em todos os níveis, principalmente do ensino médio”, disse Lula Morais.

O presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc), André Vasconcelos, afirma que o resultado da enquete é senso comum. "Não é segredo a necessidade de investir em educação pública valorizando o professor. Houve uma distorção no passado. Passamos, no ano 2000, por uma expansão das universidades, aumentou o número de vagas para os alunos, mas não o investimento nos educadores", pontuou.

André Vasconcelos acredita num trabalho mais direcionado aos docentes a partir de agora. "Essa expansão de vagas agora está mais contida e existem propostas de maior intensificação do trabalho dos professores. Existe o objetivo do governo federal em investir o equivalente a 10% do PIB do País em educação pública", afirma o presidente da Adufc, citando a meta do Plano Nacional de Educação. Ele ainda destaca a necessidade do Brasil despontar como produtor de ciência e tecnologia. "Não podemos mais abrir mão e sermos só produtores de educação básica. Temos que produzir tecnologia, e isso só se faz com educação qualificada”,pontua.
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