Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas defendem internação compulsória de viciados em crack
O médico psiquiatra e acupunturista Agamenon Honório entende que a internação compulsória é necessária para a recuperação do dependente. Conforme explicou, o viciado em crack não tem capacidade de se perceber enfermo e tem a vontade totalmente abolida pelo uso contínuo da droga. Na avaliação do especialista, é praticamente impossível a pessoa abandonar o vício por conta própria.
Para o médico, a família é a mais indicada para propor a internação compulsória do adicto. Agamenon explica que as pessoas que convivem com o dependente químico identificam com facilidade o problema e devem propor a internação compulsória. Segundo ele, os primeiros sinais do problema são os pequenos furtos de objetos do próprio lar.
Agamenon esclarece ainda que não há estudos conclusivos sobre a forma de lidar com o problema em nível clínico. Para ele, a terapia deve ter o caráter interdisciplinar, principalmente com o acompanhamento psiquiátrico.
O deputado Paulo Facó (PTdoB) considera que o consumo de drogas é um dos grandes problemas que afligem a população, em todas as classes sociais. Portanto, a solução interessa a todos, porque mesmo se não há casos na família, todos estão sujeitos ao crescimento da violência provocado pelo uso de drogas. Esta preocupação, na sua avaliação, resulta no grande percentual de respostas positivas à internação compulsória revelada pela enquete.
Para o deputado e também médico Heitor Férrer (PDT), é visível a necessidade de investimentos de poderes públicos, prefeituras e Governo do Estado na construção de unidades de recuperação de dependentes químicos. Ele frisou que há uma parcela da população que não tem recursos para custear os tratamentos, e “está abandonada a própria sorte”.
JS/AT