Segundo o parlamentar, falar sobre as problemáticas federais é uma forma de omitir as problemáticas que precisam ser tratadas no Ceará. “Parece que aqui está tudo a mil maravilhas, mas não está. Há uma tentativa de assassinar a reputação dos policiais do nosso Estado, enquanto as facções estão aí, pintam e bordam, fazem o que querem, e nenhuma medida é tomada”, disse.
A alta na violência no Ceará registrada em 2020, de acordo com o deputado, tem sido atribuída à paralisação dos agentes de segurança naquele ano. No entanto, ele indagou os índices elevados em outros anos. “Em 2013 houve greve da Polícia Militar? Se não houve, por que tivemos 4.473 homicídios? No ano de 2014, houve paralisação dos policiais? Não, e tivemos 4.626 mortes. Em 2015, foram 4.163 e, em 2017, mais de 5 mil homicídios. Essa tentativa de atribuir isso aos policiais é a pior estratégia de um governo para reduzir a violência”, afirmou.
De acordo com Soldado Noelio, é importante colocar em pauta de discussão os problemas estaduais, como na área da saúde e da segurança. “Nós estamos na Casa Legislativa do Ceará, e não na Câmara Federal. Vamos discutir o que realmente importa para o cearense, sobre o atraso do salário dos servidores que ajudaram a cuidar da população lá no Leonardo da Vinci. Esse assunto deve ser tratado aqui nesta Casa. Não adianta colocar a culpa no Governo Federal sobre a pandemia quando o estado do Ceará não paga os profissionais da saúde”, pontuou.
O deputado Delegado Cavalcante (PTB), em aparte, também questionou as críticas dos deputados estaduais ao presidente Jair Bolsonaro, sobretudo na tentativa de atribuir ao Governo Federal as mortes da pandemia. “Tudo o que o Governo do Estado fez na pandemia veio do Governo Federal. Foram mais de mil Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e medicamentos enviados para o Ceará”, disse.
O deputado Apóstolo Luiz Henrique (PP) questionou a destinação de R$ 1 milhão para políticas à população LGBTQIA+, através da Lei Orçamentária Anual (LOA) e afirmou que é preciso haver a mesma tratativa entre todos os projetos e parlamentares.
GS/LF