Ao repercutir matéria do jornal Diário do Nordeste, o deputado destacou que os gastos que o Governo têm com cooperativas se devem, sobretudo, à ausência de concursos públicos e baixos salários. Segundo Heitor Férrer, a carência de médicos obriga o Governo a contratar mais médicos por meio de cooperativas.
“Se não contratar, não funcionam o Hospital Geral do Fortaleza, o Hospital Waldemar Alcântara, Hospital de Messejana; não funcionam porque deixou de existir o quadro de médicos efetivos no Estado”, ressaltou. “Talvez 15% do quadro é de médico do Estado, o resto é terceirização e de cooperativas”, destacou.
De acordo ainda com o parlamentar, o último concurso para médico realizado no Estado ocorreu em 2007, durante a primeira gestão de Cid Gomes. “Já se passaram 12 anos; médicos se aposentando, morrendo, a população crescendo e há de ter um balanço entre o que sai e o que entra”, recomendou.
Com um contra-cheque de um médico em mãos, Heitor Férrer revelou que o profissional com 12 anos de serviços prestado ao Estado tem um salário de R$ 3.756. “É esse o salário que o Estado paga ao profissional médico para trabalhar quatro horas”, criticou. Conforme o deputado, o valor bruto (salário base somado com gratificações) chega a R$ 6.507,42. “É um valor vergonhoso e desrespeitoso”, criticou.
LS/LF