“Ali (em 2006) tínhamos 1.800 mortes por ano. No primeiro ano, ele criou o programa Ronda do Quarteirão e elevou para 2.700 mortes. Teve uma segunda oportunidade para ser governador mais uma vez, agora sim iria resolver, saltou de 2.700 para 4.400, colocando o Ceará entre os piores do País”, disse. Conforme Carlos Matos, no primeiro mandato de Camilo o número de assassinatos saltou de 4.400 para mais de cinco mil mortes por ano. “Conseguiu piorar o que já era péssimo”, avaliou.
Para o parlamentar, a situação requer nova postura, sem se eximir da responsabilidade e transferir o erro para o Governo Federal. “Precisamos de um novo comportamento, assumir a culpa e corrigir o rumo”, defendeu.
Carlos Matos disse que alguns pontos foram discutidos para minimizar a questão da violência no Estado, defendendo que o próprio Governo instale os bloqueadores nos presídios, desobrigando as empresas de telefonia celular da responsabilidade. Ele acusou o Governo de “jogar para a plateia” ao mandar para a Assembleia projeto tratando do assunto, mesmo sabendo que não seria viável. “Mandaram uma lei, sabendo que era inconstitucional porque não compete às assembleias do Brasil fazer leis sobre comunicação. Isso é inconstitucional", assinalou.
O parlamentar afirmou ainda que há uma inversão de prioridades nos investimentos do Governo. “O governo diz que não tem dinheiro, mas gastou R$ 20 milhões em subsídios para empresas aéreas. Não tem R$ 30 milhões para colocar bloqueadores nos celulares (presídios)”, destacou.
Carlos Matos também criticou o silêncio em relação à médica pediatra, que foi desligada do Hospital Geral de Fortaleza. “O governo deveria dar uma resposta”, cobrou.
LS/AT