O parlamentar comunicou também que assinou, juntamente com outras 25 entidades públicas e privadas, o manifesto A Ibiapaba é Nossa, em defesa da manutenção do território como solo cearense. “A história daqueles municípios foi construída com sangue, suor e lágrimas de muitos cearenses, e não é sequer possível considerar a história do Ceará sem a Ibiapaba, então não devemos desistir”, disse.
A iniciativa, conforme o parlamentar, surgiu por achar que o Ceará “está fazendo muito pouco para salvaguardar os municípios da Ibiapaba”. O manifesto “A Ibiapaba é Nossa” ressalta o potencial econômico da região, “desenvolvido pelo trabalho de milhares de cearenses”, e cobra um olhar mais dedicado da Procuradoria-Geral do Estado para a questão.
Entre as 25 assinaturas que compõem o manifesto estão entes como Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/CE), Ministério Público do Estado, Agência Líder de Desenvolvimento da Ibiapaba, Fecomércio Ceará, Diocese de Tianguá e outros. Sobre o projeto de lei, ele informou que até o momento conta com 17 subscrições de parlamentares, incluindo a deputada Augusta Brito (PT), que há muito encampa essa luta.
“Queremos reunir força política, econômica e social para defender um território que é nosso, com garra e força para pacificar a situação, e não gerar dúvida sobre o destino daquela região”, disse.
Carlos Matos destacou ainda a realização da 25ª edição da PecNordeste, que teve início na última quarta-feira (29/06) e segue até 1º de julho, no Centro de Eventos do Estado. “Um evento onde percebemos com clareza que precisamos de um novo ciclo de desenvolvimento econômico para o Ceará. A maior parte da população do campo, mesmo constituindo 40% da população economicamente ativa, continua pobre e sem acesso a recursos básicos”, refletiu.
Segundo ele, apenas 9% das unidades produtivas do Estado recebem assistência técnica, algo que, para ele, prejudica muito a produção agropecuária e desfavorece o realizado pelos trabalhadores rurais. “Não há prioridade para o campo nas ações do Estado, e a população precisa tomar conhecimento desses dados”, disse.
PE/AT