A matéria, que começou a tramitar hoje na Casa, simboliza, na avaliação do parlamentar, um ato de vingança do Governo do Estado contra o grupo político liderado pelo presidente do TCM, Domingos Filho, que apoiou a candidatura do deputado Sérgio Aguiar (PDT) à Presidência da Assembleia Legislativa.
De acordo com Roberto Mesquita, o Governo do Estado ainda utiliza o deputado Heitor Férrer (PSB), autor da PEC, como instrumento para essa vingança. Para Mesquita, o governador Camilo Santana, juntamente com os seus apoiadores, Cid Gomes e Ciro Gomes, quer vingar o Parlamento, atingindo aqueles que ousaram apoiar uma candidatura alternativa à defendida pelo Governo.
“Não tenho juízo de valor sobre a unificação ou não dos tribunais de contas, considerando que a maioria dos estados brasileiros realmente só tem um tribunal para essa questão, mas não podemos aceitar esse jogo baixo e covarde, que só vem à tona agora, depois da disputa que tivemos”, apontou.
Para o deputado, o Parlamento precisa ser altivo neste momento. “Não vamos ser instrumento do veneno dessas pessoas só porque ousamos apoiar a candidatura que muitos queriam, e que oferecia uma disputa pela Presidência do Legislativo após muito tempo”, pontuou.
Em aparte, o deputado Ely Aguiar (PSDC) também considerou que o Governo está tentando retaliar o grupo que apoiou a candidatura de Sérgio Aguiar. “É um ato baixo, rasteiro, nojento e covarde do Governo do Estado, utilizando-se de um nobre parlamentar, como o Heitor Férrer, para promover uma vingança política e se perpetuar no poder”, assinalou Ely.
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