Para o parlamentar, a concessionária deveria contar com departamento exclusivo para transformar a rede monofásica em trifásica. “Mas se faz todo o procedimento, entra o aparato burocrático extenso, a empresa faz uma análise que demora muito tempo para saber se é permitido. Se pode fazer ou cobrar do pequeno produtor aquele valor da transformação", alerta. Segundo o parlamentar, isso demora mais de um ano.
“O Governo do Estado precisa provocar a empresa distribuidora ou a própria Assembleia Legislativa a criar mecanismos com força de lei para obrigar, num espaço de tempo razoável e reduzido, que a empresa seja obrigada a fazer essa transformação de energia monofásica em trifásica”, defendeu.
O parlamentar afirmou que no Estado, 75% das propriedades são de pequenos produtores, cujos proprietários enfrentam dificuldade para implantar qualquer tipo de irrigação. “Qualquer que seja a atividade, eles precisam transformar a energia monofásica em trifásica para que possam se beneficiar, pagar um preço menor”, disse.
Em aparte, os deputados Dedé Teixeira (PT) e Carlos Matos (PSDB) endossaram o pronunciamento do parlamentar. Segundo Dedé, a transformação da energia “é fundamental para agregar valor à produção agrícola do Estado”. Carlos Matos criticou a descontinuidade de políticas públicas importantes, como o Projeto Caminhos de Israel, que incentivava uma moderna agricultura irrigada a serviço do pequeno produtor cearense. “Precisamos de uma política que tenha começo, meio e fim”, afirmou.
LS/AT