Conforme observou, o debate sobre essa proposta é fundamental. “É o assunto mais debatido em todas as rodas de conversa atualmente. Alguns defendem que a proposta retira dos pobres aquilo que é mais fundamental para eles no fim da vida, que é sua aposentadoria”, explicou.
Fernando Hugo explicou que o objetivo da reforma é evitar o crescimento do rombo da Previdência. “A previsão é de um déficit na Previdência no valor de R$ 230 bilhões para o próximo ano, então é impossível não debatermos esse tema”, disse.
O parlamentar informou ainda que a presidente afastada Dilma Rousseff estava realizando estudos, enquanto ainda ocupava o cargo na Presidência, para embasar uma proposta de reforma previdenciária nos moldes da apresentada por Michel Temer.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) afirmou que não se pode legislar sobre o aumento de uma contribuição em uma situação em que os trabalhadores não tiveram reajuste salarial e nem reposição da inflação. “Os governadores estão amarrados, sendo obrigados a elaborar um pacote de maldades sob pena de não ter, por parte da União, aval para seus empréstimos. O nome disso é chantagem”, declarou.
Já o deputado Leonardo Araújo (PMDB) fez a defesa da proposta de Temer. Segundo ele, apesar de impopular, “a reforma previdenciária é essencial para o desenvolvimento e retomada do crescimento econômico do País”.
O deputado Ely Aguiar (PSDC), por sua vez, considerou que a proposta deveria passar por um debate mais amplo, mas que ela será aprovada “doa em quem doer”. “E espero que essa crise institucional passe logo, para o bem do País. Os poderes estão medindo força, e até a elaboração de projetos que mudam a vida dos brasileiros estão promovendo discórdia entre os poderes”, refletiu.
PE/AT