A parlamentar ressaltou que a peça prega intolerância à religião. “Achar simpático um movimento que agride a cultura de outras pessoas é perverso e absurdo. Digo ao reitor da UFC que a peça é um insulto”, apontou.
A deputada frisou que, da mesma maneira que os cristãos não podem debochar da comunidade LGBT, a comunidade não pode agredir a cultura das outras pessoas. “Se a peça fosse um padre doutrinando um homossexual, será que a UFC iria achar que é arte? Não iria, seria homofobia. Pois, da mesma maneira, esse evento foi um ataque, foi cristofobia”, criticou.
Na avaliação da deputada, tais fatos podem se enquadrar nos artigos 208 e 234 do Código Penal, o que deveria no mínimo inibir a Reitoria de se pronunciar positivamente sobre a peça.
Dra. Silvana salientou que as pessoas podem defender o que quiserem sem ofender os outros. “Ofender as pessoas para chamar a atenção para um movimento não é correto. Deve ser repudiado”, afirmou. A parlamentar ainda citou o comentário do professor Glauco Barreira, que diz "que a arte foi aviltada e a UFC foi ridicularizada por algo despropositado, ideológico e resultante de uma militância que não busca convencer por argumentos, mas chocar pela profanação".
Em aparte, o deputado Daniel Oliveira (PMDB) elogiou o pronunciamento da deputada. “Isso é tolerância e respeito à fé dos outros. Assim deveria ser com tudo”, pontuou.
O deputado Ely Aguiar (PSDC) enfatizou que a Universidade Federal do Ceará patrocinou a peça e considerou “arte”. “Uma instituição que patrocina uma profanação dessa não merece respeito”, apontou.
GM/CG