“Acho que a maneira correta é fazer com que a sociedade participe para que seja respeitada a vontade do eleitor. Não é justo que tenha deputado federal que chegue a tirar 120 mil votos e não seja eleito”, disse. 

Danniel Oliveira também disse ser a favor de acabar com o suplente de senador. “Sou a favor de que seja o segundo ou terceiro mais votado. Não é justo que um senador que não tenha um voto assuma a vaga”, ressaltou.

Em aparte, o deputado Lucílvio Girão (PMDB) disse que defende o plebiscito, mas não concorda com alguns pontos da reforma política. “Vamos explicar para o povo o que é o voto fechado. Eu sou o mais votado do PMDB. Na lista fechada, eu tenho a certeza que alguma vantagem eu teria, mas não quero”, opinou.

O deputado Tomaz Holanda (PMN) disse acreditar que a manifestação popular não pedia reforma política. “O que vi foi cobrança por educação, saúde e transporte. Nós sabemos que as manifestações não eram contra partido. Acho que a presidente se precipita com plebiscito”, disse. 

Tomaz Holanda ainda avaliou que o Congresso Nacional não terá condições de implantar a reforma política até 2014. “Nós sabemos que não dá para ser votado esse ano, já se teve tempo demais. Não concordo com esse voto de lista porque o eleitor não terá a clareza de votar no parlamentar que ele quer no Parlamento”, complementou.

A deputada Dra. Silvana (PMDB) declarou que a lista fechada é um golpe no eleitor. “Nós parlamentares temos que esclarecer que a lista fechada é um golpe. Ela tira do eleitor um direito que ele conquistou há tanto tempo”, disse. 

Já o deputado Perboyre Diógenes (PMDB) esclareceu que as pessoas têm medo do voto fechado, mas que é preciso usar critérios. “Eu sou contra esses partidos pequenos, que se criam para se vender”, pontuou. 

O deputado Danniel Oliveira também chamou a atenção dos demais parlamentares para o anúncio da Transnordestina de encerrar o transporte ferroviário da linha Sul. “A Transnordestina anunciou que no mês de julho irá encerrar o transporte através dessa linha. Isso é uma pena muito grande para todos da região do Cariri e Centro-Sul”, enfatiza.

O parlamentar ainda sugeriu que a Casa encaminhe um requerimento à instituição lamentando a decisão. “Isso é uma coisa que não podemos deixar acontecer. Vamos juntos ecoar essa voz para que essa linha Sul não seja desativada, mas seja um complemento da Transnordestina”, finalizou.
DF/JU