Para a maioria dos participantes (93.9%), é fundamental substituir esses materiais por alternativas sustentáveis que reduzam os impactos sobre os mananciais hídricos, oceanos e o planeta em geral. Outros 6.1% discordam, alegando que existem questões mais importantes para se preocupar.
Para o vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido da AL, deputado Jeová Mota (PDT), o resultado da enquete só “ratifica a importância de utilizarmos alternativas sustentáveis em substituição aos materiais plásticos. Na avaliação dele, iniciativas simples, como utilizar sacolas ecológicas, levar a própria caneca para o trabalho, recolher o lixo plástico que encontrar nas praias, entre outras, contribuem muito para a preservação do meio ambiente.
O deputado Ferreira Aragão (PDT) diz que a consulta aponta o que de fato precisa ser feito. “É fundamental substituir esses materiais por alternativas sustentáveis que reduzam os impactos sobre os mananciais hídricos”, observa, destacando a responsabilidade social de cada um em relação ao meio ambiente.
Já o deputado Moisés Braz (PT) chama a atenção para os impactos negativos do plástico na natureza, assinalando que é preciso repensar a troca de embalagens plásticas convencionais por similares biodegradáveis. “A mudança nessa cultura insustentável é um imperativo, e tem de começar já, estimulada pelo Poder Público”, avalia.
Desde 1950, segundo o parlamentar, 8,3 bilhões de toneladas de plástico foram produzidas no mundo. “Cada pessoa utiliza, em média, 60 quilos do material por ano. O plástico está nos oceanos e leva muito tempo para se decompor”, acrescenta.
Conforme o presidente da Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE), André Alves, a redução do consumo de materiais plásticos é de fundamental importância para a preservação dos mananciais e oceanos, sobretudo por serem normalmente esses ambientes o destino final dos resíduos plásticos.
“Até mesmo em análises de amostras de água tratada, em diversos países do mundo, demonstram a contaminação por microplásticos. Isso significa que os sistemas convencionais não são eficazes em retirar resíduos de plástico e que, portanto, estamos ingerindo plástico diariamente, sem saber as consequências disso para a saúde humana”, afirma.
LS/AT