O projeto Falésias foi desenvolvido no Rio Grande do Norte com financiamento do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR) para empreender medidas de segurança em caso de desabamento nas falésias de Pipa, no município de Tibau do Sul, e Barra de Tabatinga, em Nísia Floresta.
A proposta conta com geógrafos, geólogos, engenheiro civil, além de estudantes de graduação que atuaram na coleta de dados e imagens em alta resolução por meio de tecnologias como drones, radares e scanners. No processo, foram consideradas as particularidades geológicas e geomorfológicas, bem como as dinâmicas costeira, territorial, ambiental e cultural.
Em 2022, o relatório final do projeto detectou alterações como fraturas, voçorocas (erosão causada pelas chuvas), formação de reentrâncias e cicatrizes de colapso de blocos, representando risco para pessoas ou veículos que transitam no local.
O professor Rubson Pinheiro compreende que no Ceará também há necessidade de avaliar riscos de acidentes nas falésias, sobretudo em Morro Branco, Canoa Quebrada e Icapuí, que, conforme ele, seguem um contexto semelhante e também apresentam riscos.
Rubson Pinheiro é geógrafo formado pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), mestre em Geografia Física com ênfase em Geomorfologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), doutor em Geodinâmica e Geofísica pela UFRN e atua na área de Geomorfologia com ênfase em Morfotectônica. Atualmente é chefe do Departamento de Geografia e professor de Geomorfologia da UFC.
Com produção de Helenir Medeiros e apresentação do jornalista Renato Abreu, o Questão de Ordem vai ao ar de terça a sexta-feira, às 19h30. A reprise acontece às 7h do dia seguinte. O programa também é transmitido pela rádio FM Assembleia (96,7 MHz), de terça a sexta-feira, às 22h.
LV/LF