Você está aqui: Início Últimas Notícias Live alerta sobre cuidados e sinais de risco para suicídio em mulheres
Para Liza Studart, diante de pessoas que apresentam pensamentos ou ideias suicidas, é fundamental se mostrar disposto ao diálogo, sem julgamentos.
“Nós precisamos conversar com essa pessoa. E como é essa conversa? É escutar essa pessoa, não invalidar de forma alguma o que ela sente, porque ela pode trazer muitas questões de natureza familiar ou pessoal”, destacou.
A psicóloga também salientou que, se houver dúvidas sobre como agir diante de casos assim, o mais indicado é escutar o que a pessoa em sofrimento tem para contar e encaminhá-la para ajuda profissional. “Não se comprometa a ajudar se você não estiver disponível ou se não puder dar conta dessa demanda. A pessoa está em sofrimento e o mais importante é saber a quem ela pode ser encaminhada”, reforçou.
De acordo com Liza Studart, é fundamental divulgar o máximo possível as instituições que prestam acompanhamento nesse assunto, como o Centro de Valorização da Vida (CVV) e o Provida. “Todas elas trabalham a questão do apoio humanizado aos casos de depressão e ideias suicidas, sendo muito importante que as pessoas conheçam a quem recorrer”, assinalou.
Já Erika Lôbo relatou que está ocorrendo um aumento no número de mulheres que cometem suicídio, com a pandemia de Covid-19 acentuando algumas ocorrências. Ela citou fatores como a perda do emprego, a convivência mais aflorada com companheiros e familiares, associada ao excesso de tempo em casa como possíveis influências para o adoecimento mental feminino.
“Em todo relacionamento em que a mulher se sente violentada, de alguma forma, existe um abuso psicológico que deve ser visto em seus vários aspectos, podendo se manifestar por condições de dependência financeira ou emocional”, assinalou”, Erika Lôbo.
A especialista também considerou essencial não tentar diminuir de forma alguma a dor de uma pessoa em sofrimento psicológico, sendo necessário ainda estar atento a alguns sinais. “Sempre considero importante observar os sinais, perceber se a energia da pessoa está baixa, se ela se isola com frequência”, pontuou. Ela observou ainda que “nem sempre é por meio da fala que a pessoa em sofrimento se expressa, pois o seu próprio comportamento físico pode revelar algo”.
PROJETO
Iniciativa da Procuradoria Especial da Mulher na Casa, o projeto “Ei, mulher!” busca abordar questões jurídicas que envolvem os direitos das mulheres de forma acessível, possibilitando que o público entenda os contextos e possibilidades de efetivação dos direitos.
Os debates acontecem todas as sextas-feiras, a partir das 11h. Eles são transmitidos pela página de Instagram da Procuradoria.
RG/AT