O dermatologista vai comentar sobre a pandemia e o controle da hanseníase e outras doenças infecciosas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o Brasil tem a maior taxa de detecção de casos novos da hanseníaseno mundo, com média de notificação anual em torno de 30 mil. Pacientes com a doença estão com a saúde em risco por falta de remédios nas farmácias públicas. Sem medicamento adequado, os pacientes voltam a sofrer com sintomas. Além dos remédios, médicos defendem políticas públicas destinadas à informação e atenção básica da saúde.

Segundo informações do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), municípios de, no mínimo 18 estados, estão sem o medicamento poliquimioterapia ou PQT, que é a combinação de três antibióticos  (rifampicina, dapsona e clofazimina). A entidade já reuniu nos últimos dias mais de 100 relatos de pacientes que estão desde o segundo semestre de 2020 sem conseguir o tratamento.

A Coordenação Nacional do Morhan pretende se reunir nos próximos dias com representantes do Ministério da Saúde (MS), dos laboratórios públicos brasileiros e dos laboratórios internacionais envolvidos atualmente com a produção da medicação para encontrar uma solução para a falta do medicamento.

Mais de 40 mil brasileiros estão em tratamento de hanseníase e dependem desses remédios, segundo dados de agosto de 2020 do portal do Ministério da Saúde.

O médico dermatologista Heitor de Sá Gonçalves possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Foi diretor da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) do Estado da Bahia, em 1993, e do Estado do Ceará, de 1997 e 1998. Foi Consultor da Organização Panamericana de Saúde, entre 1986 e 1987. É especialista em Dermatologia pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e Sociedade Brasileira de Dermatologia e doutor em Farmacologia pela UFC.

Com produção de Helenir Medeiros e apresentação do jornalista Renato Abreu, o Questão de Ordem vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 19h30. O programa também é transmitido pela FM Assembleia (96,7MHz), de segunda a sexta-feira, às 22h.

WR/LF