O "Distantes, mas não sozinhas" é uma série de episódios que contemplam temas direcionados às mulheres abordados no contexto de distanciamento social, com mulheres especialistas no assunto. Cada episódio tem duração de cinco minutos e linguagem simples e didática sobre diversos temas.

Conforme Augusta Brito, primeira participante da atração, a ideia surgiu da preocupação com o crescimento das denúncias de violência doméstica durante o período de isolamento e da necessidade de se comunicar com essas mulheres. “É muito importante que que elas tenham em mente que não estão sozinhas, mesmo distantes. E queremos prestar apoio a essas mulheres passando todos os esclarecimentos que elas possam precisar nesse momento”, explica.

A procuradora Especial da Mulher na AL explica ainda que o quadro foi a forma que a Procuradoria encontrou para dar assistência às mulheres neste momento de pandemia. Ela reforça também que o órgão continua trabalhando e atendendo remotamente.

O segundo episódio da série foi ao ar nesta segunda-feira (08/06), com a participação de Daciane Ribeiro, coordenadora da Casa da Mulher Brasileira de Fortaleza. Daciane, que é feminista e foi a primeira presidente do Centro Popular da Mulher Brasileira, falou no programa sobre a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. 

Ela informou que os canais de acesso a todos os órgãos da rede de enfrentamento estão atendendo 24h de forma remota. A Casa da Mulher Brasileira também funciona 24h e presencialmente, por meio da Delegacia de Defesa da Mulher. Daciane reforçou que, nesse momento em que mulheres são agredidas duplamente, tanto pela Covid-19 quanto pela violência doméstica, é importante não calar.

“É de fundamental importância pedir ajuda, conversar com amigas, familiares e vizinhança, pois todos sabemos que o silêncio é cúmplice da violência”, disse.

O terceiro episódio da série irá ao ar na próxima sexta-feira (12/06) e contará com a participação da psicóloga, mestranda em Psicologia (UFC), especializada em Promoção e Vigilância em Saúde, Ambiente e Trabalho pela FioCruz e em Saúde do Trabalhador pela UFRGS Gabriela Freitas.

A convidada, que atualmente é técnica no projeto Unidade Móvel de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo, da Floresta e das Águas, realizado pela Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos, vai falar sobre a saúde mental da mulher vítima de violência doméstica.

Canais de denúncia de violência doméstica 24h:
Disque 180 e 190
Delegacia de Defesa da Mulher: presencial ou pelo telefone (85) 3108.2950
Registro de Boletim de Ocorrência eletrônico: www.delegaciaeletronica.ce.gov.br/beo - aqui há uma barra especial na página para denúncia de violência doméstica.
PE