Ele discorrerá sobre as controvérsias em torno do recente relatório divulgado pelo Banco Mundial acerca das universidades públicas. O estudo aponta, entre outras constatações, que um estudante em universidade pública custa de duas a três vezes mais que um estudante em universidade privada e que a maioria desses alunos provêm de classes sociais com renda mais elevada.

A informação é contestada por pesquisas do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis e da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior. Segundo levantamento das entidades, apenas 10,6% dos alunos das universidades públicas vêm de famílias com renda superior a dez salários mínimos, e, com a democratização introduzida pelo sistema de cotas, o índice de estudantes oriundos de famílias com renda abaixo de três salários ‒ atualmente em 51,4% ‒ só tende a crescer.

Defensor da universidade pública, sobretudo pelas oportunidades que ela lhe ofereceu na construção da sua vida acadêmica, o pró-reitor, Antônio Gomes de Sousa Filho, lamenta o grave momento que vem atravessando a educação pública no País. Ele destaca no programa o “Manifesto em Defesa do Estado e da Universidade Pública no Brasil”, que está sendo assinado pelos intelectuais, professores, estudantes e dirigentes de instituições acadêmicas, após a  condução coercitiva de gestores, ex-gestores e docentes de universidades federais, tendo como desfecho trágico o suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, após sofrer vários constrangimentos na Polícia Federal.

Produzido por Helenir  Medeiros e apresentado pelo jornalista Renato Abreu, o Questão de Ordem é exibido de segunda a sexta-feira, a partir das 19h30. A reprise acontece às 7h20 do dia seguinte. O programa também é transmitido pela rádio FM Assembleia (96,7MHz) às 22h.
Da Redação