Você está aqui: Início Últimas Notícias Frente Parlamentar aponta atraso nas ações de combate ao Aedes no Ceará
"Vamos saber o que está causando esse atraso nas ações, qual a dificuldade que houve", afirmou o presidente da Frente, deputado Carlos Matos (PSDB)
Após o encontro com o secretário, a Frente Parlamentar voltará a se reunir na Assembleia Legislativa para apresentar os pontos discutidos com o gestor e traçar novas estratégias de combate ao Aedes aegypti.
O parlamentar informou que esteve em Goiás, estado considerado pelo Ministério da Saúde exemplo de atuação no combate ao mosquito Aedes aegypti, e constatou que a Secretaria de Saúde de Goiás conseguiu reduzir os casos de infestação do mosquito transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e zika em 80% de um ano para o outro (2016/2017). "Isso foi resultado de um conjunto de medidas, que exigiu um esforço muito grande", afirmou.
O deputado adiantou que, no Ceará, a estratégia de combate ao mosquito não está dando o resultado adequado. Para Carlos Matos, é necessário um esforço multidisciplinar, com a participação de várias instituições governamentais e não governamentais.
A assessora técnica da Secretaria da Saúde do Estado, Ricristhi Gonçalves, disse que, da última reunião da Frente Parlamentar até hoje, o Governo tem revisto as ações, porque a Secretaria da Saúde foi surpreendida com o grande número de casos de chikungunya, dengue e zika. A Secretaria tem tentado aumentar a quantidade de visitas às residências e tem desenvolvido ações de combate ao mosquito com a participação de outras secretarias do Estado. "Temos promovido ações bastante intensas para evitar óbitos causados por essas doenças e tentar frear a expansão da febre chikungunya no Estado com um todo", afirmou.
O coordenador de vigilância e saúde da Secretaria de Saúde de Fortaleza, Nélio Morais, informou que a Pasta instalou um Comitê Intersetorial com a participação de todas as instituições públicas do município para arregimentar esforços no sentido de combater o vetor, que é a principal raiz do problema. Para ele, é preciso ter o compromisso de instituição pública, com a população e toda a sociedade devidamente organizada, para eliminar os criadouros do mosquito. "Nós vivemos um momento agudo de transmissão da febre chikungunya na cidade", destacou.
Nélio Morais alertou que os meses de junho e julho ainda terão chuvas, que isso dá potencial ao mosquito Aedes aegypti e que é importante o compromisso de toda a sociedade para que nos próximos meses possa haver uma diminuição significativa no número de casos de chikungunya, dengue e zika.
Também participaram da reunião representes da Escola de Saúde Pública do Ceará, Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), Federação das Indústrias do Estado Ceará (Fiec), Associação para o Desenvolvimento dos Municípios do Estado do Ceará (APDMCE) e Universidade Federal do Ceará.
WR/CG