Segundo o presidente da Comissão, deputado Moisés Braz (PT), o foco principal dos debates tem sido o impacto da reforma sobre trabalhadores das áreas urbana e, sobretudo, rural. “Exigir 25 anos de contribuição individualizada e mensal dos agricultores e agricultoras familiares significa não reconhecer a dura realidade do campo”, pontua ele.
Para o parlamentar, “a Reforma da Previdência de Michel Temer está sendo repudiada por todos os trabalhadores brasileiros rurais e urbanos nas ruas, na imprensa e em todas esferas da sociedade, pois atinge em cheio direitos conquistados por milhões de brasileiros após anos de luta”.
Ao citar o trabalho no campo como exemplo, o deputado diz "tratar-se de uma perversidade”, que inviabiliza o acesso dos trabalhadores e trabalhadoras rurais à aposentadoria na medida em que eleva a idade de acesso a esse benefício para 65 anos e equipara essa mesma idade para homens e mulheres. Na opinião de Moisés Braz, “isso significa negar a realidade e as condições de trabalho a que são submetidos os agricultores e as agricultoras, cuja expectativa de vida, em muitos municípios, não chega a 70 anos de idade".
A audiência pública desta sexta-feira em Crateús ocorre às 9 horas, no Crede 13 (BR-226, km 03, bairro dos Venâncios). Em Tauá, o debate inicia às 9 horas de sábado, na Câmara Municipal (rua Silvestre Gonçalves, 80, Centro).
As audiências fazem parte da programação da Comissão, que discute o tema nas macrorregiões do Estado até dia 12 de abril. A primeira aconteceu na última terça (21/03), em Sobral. As próximas serão no Crato (28/03), Redenção (07/04), Itapipoca (11/04) e Limoeiro do Norte (12/04).
Da Redação