De acordo com o parlamentar, a cotonicultura com o ciclo do gado e do couro movimentaram a economia cearense na segunda metade do século XX e, depois de várias tentativas de revitalização da cultura algodoeira no Ceará, o Estado presenciou em 2021 a retomada do “ouro branco”.

O cultivo do algodão, segundo o parlamentar, ocorre nos municípios de Acopiara, Várzea Alegre, Quixadá, Tauá, Limoeiro do Norte, Crato, Brejo Santo, Penaforte, Missão Velha, Potengi, Altaneira e Barbalha.

“O Governo do Estado deve estimular o cotonicultor a produzir algodão de forma permanente e sustentada, com qualidade e em quantidades suficientes para atender as demandas requeridas pelo parque de indústrias têxteis instaladas no Estado, que atualmente consome toneladas de fibras provenientes de lavouras de algodão do cerrado”, aponta Carlos Matos.

Ainda na avaliação do deputado, o desafio da retomada da cotonicultura está no uso de tecnologia, preparo de solo, no cultivo e colheita mecanizada, além do rigoroso controle de pragas, observando sempre as orientações técnicas especializadas. Ele também assinala que o plantio realizado por pequenos agricultores, sem mecanização, torna-se inviável por causa do elevado custo de mão de obra.

“Milhares de empregos são gerados no campo e nas usinas de beneficiamento. No presente momento, a retomada do algodão ainda está restrita, mas, caso seja fortalecida e restabelecida, possui um grande potencial para ser expandida”, salienta o parlamentar.

Foram convidados para a audiência representantes da Associação dos Produtores de Algodão do Estado do Ceará (Apaece); do Sindicato das Indústrias da Extração de Fibras Vegetais e do Desenvolvimento do Algodão do Ceará (Sindialgodão); do Sindicato das Indústrias da Extração de Óleos Vegetais Animais do Ceará (Sindioleo); da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri); da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA); da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce); da Associação dos Prefeitos do Estado do Ceará (Aprece); da Universidade Federal do Cariri (UFCA); do Instituto Federal do Ceará (IFCE); da Superintendência Federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA), entre outras entidades.
RG/AT