Você está aqui: Início Últimas Notícias Frente Parlamentar propõe unificar ações contra o avanço do Aedes aegypti
Para o presidente da Frente Parlamentar, deputado Carlos Matos (PSDB), é preciso intensificar as ações sob pena de enfrentarmos uma epidemia de chikungunya no Ceará. “É muito importante acreditarmos que é possível vencer essa guerra. Nos municípios onde há boa gestão, os números mostram que a incidência da doença é menor. Não adianta esperar que todas as ações venham dos governos. A sociedade precisa se mobilizar", afirmou.
Para o médico infectologista Anastácio Queiroz, é preciso investir em capacitação dos profissionais que lidam diariamente com o trabalho de prevenção da doença. “Os números são desanimadores. Desde 1986 convivemos com os mesmos focos de vetor. Não podemos continuar fazendo as mesmas ações”, avaliou.
O gerente da Célula de Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde de Fortaleza, Nélio Morais, informou que a febre chikungunya chegou a Fortaleza praticamente no ano de 2016 e já gerou 17 mil casos. Ele explicou que a dengue, quando chegou à capital cearense, em 1986, produzia de 400 a 700 casos por mês, e demorou oito anos para a cidade registrar a primeira epidemia, em 1994, quando ocorreram mais de 20 mil casos da doença."A chikungunya já entra de uma forma bastante consolidada. Fortaleza tem uma população de 2 milhões e 500 mil habitantes susceptíveis a ter chikungunya, porque nunca tiveram a doença”, alertou.
Segundo Nélio Morais, a chikungunya é um gigante ameaçador para o Ceará e para a cidade de Fortaleza, com o agravante de que a doença tem causado óbitos em todo o País.
Diante da gravidade e do avanço das arboviroses no Estado, as universidades também se engajaram na prevenção ao Aedes aegypti. A Universidade Federal do Ceará (UFC), a partir de uma reunião provocada pela Frente Parlamentar, instituiu um comitê de combate ao mosquito e, no próximo dia seis de março, lançará um aplicativo com caráter educacional para ajudar na identificação dos focos de mosquito. Segundo a pró-reitora de extensão da UFC, Márcia Machado, além dessas ações, a universidade desenvolveu um site e um jogo eletrônico que ensina à população como evitar a proliferação do mosquito.
Também participaram da reunião o assistente técnico da Secretaria da Saúde do Estado, Francisco Gilson Rocha Lima; o representante da Associação de Municípios do Ceará (Aprece), Pedro Neudo Brito; a representante do Unicef, Tati Andrade; o representante da Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), Marcos Paraíba, além de representantes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade de Fortaleza (Unifor), Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems) e da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Endemias (Conacs) .
WR/com Assessoria/CG