Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas utilizam parcela do 13º salário para pagamento de dívidas
Para o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, deputado Odilon Aguiar (PMB), o resultado da enquete revela um cenário onde a maioria está preocupada em pagar suas dívidas. “Isso demonstra o quanto o brasileiro, não apenas o cearense, vem sofrendo com a crise econômica", assinalou. O parlamentar observou ainda que a parcela da população sem dívidas, prefere guardar o dinheiro para o caso de um revés financeiro. "A situação é grave, merece reflexão e um esforço conjunto para que essa situação de desemprego e crise econômica seja superada o mais rápido possível”, pontuou. O parlamentar ressaltou também o compromisso e o empenho do Governo em antecipar a parcela do 13º mesmo em época de crise. “Alguns estados não estão sequer pagando em dia os salários de seu funcionários”, acrescentou.
O deputado Professor Teodoro (PSD) destacou que a consulta revela duas coisas: o tamanho da crise e a honestidade do cearense. “A crise fez acumular dívidas, e a honestidade faz com que as pessoas aproveitem a primeira oportunidade para saldar seus débitos. Se a grande maioria foi atingida com dívidas, a crise provoca outra reação que piora situação. Por medo da instabilidade, as pessoas deixam de gastar, adiam investimentos, preocupados com o futuro incerto. Isso para a economia e gera desemprego.”
O economista e professor da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade da Universidade Federal do Ceará (UFC), Henrique Félix, disse que os dados mostram a cautela da população na hora de gastar o 13º salário. “As pessoas estão muito cautelosas, com muitas incertezas na cabeça. O consumo não está em primeiro lugar", pontuou.
De acordo com o professor, as pessoas querem pagar as dívidas para não incorrer em juros maiores e se precaver para algum resultado negativo nessa época de recessão. "Elas estão certíssima nas escolhas: pagar as dívidas anteriores sempre é muito bom. E também poupar um pouco para se precaver de um futuro incerto”, reiterou.
LS/AT