Você está aqui: Início Últimas Notícias Comissão encaminhará reivindicações de servidores da saúde ao Governo
O parlamentar e os participantes definiram que será solicitada uma reunião com o governador Camilo Santana, em conjunto com representantes das secretarias da Saúde, do Planejamento e das Finanças, para tratar das questões salariais e trabalhistas.
O líder do governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), foi chamado à audiência e se comprometeu a solicitar a reunião com o governador. Além disso, Carlos Matos afirmou que irá pedir uma audiência pública para que o governo faça a prestação de contas dos gastos na saúde, em cumprimento à Lei Complementar nº 141, que determina essa prestação pública a cada quatro meses.
O presidente do Sindicato dos Odontologistas do Estado do Ceará (Sindiodonto), Cláudio Ferreira do Nascimento, disse que, há cerca de 120 dias, o governador se reuniu com representantes dos servidores e solicitou um prazo de 90 dias para avaliar a situação da saúde no Ceará. Entretanto, não houve nenhum retorno do Executivo estadual.
“O governador apresentou propostas em sua campanha eleitoral. Como pede mais 90 dias para entender a situação da saúde no Estado?”, questionou a promotora de Saúde Pública do Estado do Ceará, Isabel Porto. Ela ainda avaliou que “nunca a situação da saúde esteve tão ruim”. A promotora informou também já ter questionado na Justiça o fato de a gestão de parte da saúde ser feita pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).
O presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sinfarce), Márcio Batista, cobrou que as contas do Governo sejam abertas e que o Executivo estadual esclareça alguns pontos, como: aumento de gastos nos últimos anos; o fato de mais de 70% dos trabalhadores serem terceirizados, além de situações de desrespeito aos direitos trabalhistas e atrasos de salários.
Para a representante da Associação Brasileira de Enfermagem, Eucléia Gomes Vale, os profissionais vivem uma situação degradante, gerando até problemas de saúde. Ela cobrou que o Governo realize concursos e apresente um Plano de Cargos e Carreiras para os trabalhadores da saúde no Estado.
O secretário geral do Conselho Regional de Medicina (CRM), Lino Antônio Cavalcante, relatou que há casos de funcionários de hospitais que não têm como pagar a condução, porque não estão recebendo salário. E o presidente do Conselho Regional de Farmácia, Osvaldo Sousa Filho, destacou que os baixos salários obrigam os profissionais a trabalharem até 80 horas por semana, o que está deixando muitos deles doentes.
Também estiveram presentes na audiência pública a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Ceará (Senece), Telma Cordeiro; a diretora jurícia do Sinfono, Maria Salete Fontenele; o presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia, Charleston Teixeira, e a presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado do Ceará (Sasec), Roseli Ferreira da Silva.
JM/GS