Artur Bruno frisou que já são oito anos à frente da secretaria que foi criada pelo ex-governador Camilo Santana. “Camilo é um ambientalista de profissão com mestrado em Meio Ambiente. Isso facilitou bastante a priorização de políticas ligadas ao tema”, assinalou.

Segundo o professor, uma lei complementar foi aprovada na Assembleia Legislativa, criando o Sistema Estadual do Meio Ambiente. Além desse sistema, o Ceará conta com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), que se responsabiliza pelas políticas públicas do meio ambiente; a Superintendência do Meio Ambiente, que faz a monitoração, diretrizes e deliberações sobre legislação ambiental, e também a Polícia Ambiental, dentro do Sistema Estadual do Meio Ambiente. “Além desses órgãos de proteção, contamos também com o Fundo Estadual do Meio Ambiente, instrumento muito importante da política ambiental”, disse.

O secretário explicou ainda que dentro da Sema existem diversos programas, entre eles, o Ceará Mais Verde, que trata das unidades de conservação, florestamento e reflorestamento. Outro programa é a Política de Resíduos Sólidos e a Política de Proteção Animal. “A Assembleia inclusive criou a Lei de Proteção Animal”, informou.

O Ceará no Clima, que trabalha as mudanças climáticas, é também outro programa desenvolvido pela pasta. “Contamos ainda com a Coordenadoria de Educação Ambiental, que trabalha com o programa Agente Jovem Ambiental. Todos os municípios cearenses contam com um agente jovem para auxiliar a comunidade”, afirmou.

O Auxílio Catador, que ajuda na complementação da renda dos catadores de resíduos, também é um programa da Sema. “Essa é uma política de Estado. A Alece aprovou a lei que criou o auxílio catador. Durante a pandemia, muitas pessoas perderam emprego, e os catadores tinham dificuldades de sair de casa. Com isso, junto com os próprios catadores, criamos essa política estadual de auxílio. O catador faz o que todos nós deveríamos fazer: separa o reciclável do rejeito. O que deveria ir para aterros seria apenas os rejeitos, por exemplo”, explicou.

O Ceará avançou muito nas políticas ambientais, segundo o secretário, ao lembrar da Plataforma Estadual de Dados Estaduais Ambientais, que a governadora Izolda Cela deve apresentar. “Tudo estará em uma plataforma mostrando onde o investidor pode investir, onde não deve, onde tem área de preservação permanente e demais informações importantes”, apontou.

Na entrevista, Artur Bruno destacou também o Selo Município Verde, que avalia os indicadores ambientais de todos os municípios e escolhe os que mais se destacaram. “Criamos o Selo Escola Sustentável, que premia as que mais se destacaram nas políticas ambientais, e o Selo Empresa Sustentável, que, a partir de 2023, vai começar a reconhecer as empresas que têm boas práticas de sustentabilidade”, frisou.

Para os próximos anos, o educador assinalou a necessidade de focar em políticas de drenagem e resíduos sólidos, além de garantir a preservação dos recursos naturais. “O Ceará está bem organizado, e sei que o governador eleito, Elmano Freitas, vai permanecer priorizando o meio ambiente”, disse.

Arthur Bruno é graduado em Pedagogia e há mais de 44 anos se dedica à formação da juventude como professor de Geografia e História em cursos pré-universitários. Já foi deputado federal quatro vezes, deputado estadual e duas vezes vereador da Câmara Municipal de Fortaleza. Atualmente, atua como secretário da Sema, à frente da pasta desde janeiro de 2015.

Conexão Assembleia é veiculado na rádio FM Assembleia, no YouTube e no Facebook, a partir das 8h, e na TV Assembleia (canal 31.1), às 20h30. Tem apresentação da jornalista Kézya Diniz e produção de Kássia Braga. Durante o dia, também é disponibilizado no podcast da rádio, nas plataformas de áudio Spotify, Deezer, Apple Podcasts e Google Podcasts.

Giovanna Munhoz