O parlamentar destacou que a celebração possui uma forte simbologia, pois estavam presentes na ocasião algumas das primeiras mulheres da Polícia Militar do Ceará (PMCE), cuja turma completou, nos últimos dias, 28 anos de atuação na PMCE. Soldado Noelio também pontuou que, além do preconceito, as mulheres enfrentam uma dificuldade muito maior do que os homens para entrar no órgão, uma vez que são disponibilizadas apenas 5% das vagas do concurso público para as mulheres. “Por isso, quando encontro uma policial, tenho grande respeito, porque sei que o esforço que vocês estão fazendo para entrar na instituição é maior do que o nosso”, assinalou.

Já o deputado Tony Brito (União) ressaltou o valor dessas profissionais nas polícias Civil, Militar e Penal e se colocou à disposição para acolher quaisquer demandas das policiais na Assembleia Legislativa. “Parabéns a todas vocês por essa homenagem merecida. E viva a Polícia Militar do Estado do Ceará!”, celebrou.

Integrante da turma de 1994 da PMCE, ano em que as mulheres passaram a fazer parte da instituição, a subtenente Gersomária dos Santos Vidal Queiroz comentou sobre as dificuldades para conquistar espaço e respeito na PMCE. “Que história é essa de que uma profissão pode se dizer exclusivamente masculina? Em 1994, em muitas áreas que se diziam exclusivas para o homem, já existiam mulheres trabalhando. Então, faltava alguma coisa na Polícia Militar. A PM não inovou, ela seguiu o fluxo do desenvolvimento”, ressaltou.

A subtenente e diretora da Associação das Praças do Estado do Ceará (Aspra), Maria do Socorro Alves, relatou sua trajetória na PMCE e salientou a importância de cumprir sua missão com responsabilidade. “Louvado seja Deus por cada um de nós que estamos aqui presentes por desenvolver essa missão com garra, força e determinação, não esquecendo que somos mulheres, somos femininas, usamos batom e não temos medo de enfrentar o que vier, porque honramos pela manutenção da ordem pública, e não tiram isso de nós”, destacou.

Os soldados Amanda Ferreira e Amália Diógenes falaram sobre os obstáculos que tiveram de superar para entrar na Polícia Militar do Estado do Ceará. Elas também destacaram a coragem como principal característica das policiais que integram a instituição e encorajaram as mulheres a conquistar todos os espaços que desejam ocupar.

A segunda-tenente Delice Martins demonstrou gratidão por, mesmo com todas as barreiras, hoje as mulheres terem conquistado seu espaço. Segundo ela, essa homenagem não acontece à toa e representa uma forma de dizer: “vocês deram conta do recado”. “Diante de todas as dificuldades, mostramos ser as melhores e conquistamos nosso espaço na sociedade cearense”, afirmou.

Também estiveram presentes no evento o diretor biopsicossocial da Aspra, Aurélio Júnior, e o soldado De Castro, representando a Associação dos Profissionais de Segurança (APS).

BD/CG