A participação do ex-ministro no culto aconteceu em janeiro deste ano e rendeu, segundo o parlamentar, diversas críticas, após uma foto dos dois durante o culto circular nas redes sociais. “Pegaram uma foto nossa ao final do culto e espalharam nas redes sociais afirmando que eu estaria abraçado com aquele que mandava prender padres e pastores”, relatou.
Apóstolo lamentou o fato e que as palavras tenham vindo justamente de pessoas cristãs. “Por que Ciro não pode ir até a igreja ouvir a palavra de Deus? Em momento algum ele pegou em microfone para falar de política. Estou vendo meus próprios irmãos cristãos jogando pedra no pastor e em uma pessoa que foi à igreja ouvir a palavra”, apontou.
Para o deputado, todo extremismo é perigoso, e que não adianta difamarem ou perseguirem sua pessoa, pois a verdade sempre vem à tona. Ele acrescentou ainda que já esteve na casa de Ciro Gomes orando por ele, assim como já participou de um jantar há alguns anos com o prefeito de São Paulo, João Dória, juntamente com o pastor Silas Malafaia. “Doria supostamente sairia para presidente e pediu apoio dos evangélicos, e lá estive juntamente do pastor Silas Malafaia. E agora diz que se abriu a temporada da hipocrisia porque Ciro esteve na Igreja? Como vocês são cristãos e não aceitam um pecador arrependido? O povo cearense me elegeu e serei por Deus, pela verdade. Fica aqui uma advertência. O cristão ele ama e crê na recuperação de todos”, salientou.
Apóstolo Luiz Henrique também citou projeto de indicação 281/21, de autoria dele, a que deu entrada na Assembleia e que trata da cristofobia. “No dia 14 de janeiro mataram uma pastora dentro da igreja. Um homem entrou e a assassinou com uma barra de ferro. Agora um vereador invade a igreja para fazer protesto em Curitiba. Estou aqui para defender os valores cristãos, e não podemos admitir que alguém invada a igreja, gritando e xingando, armado colocando em perigo a vida de tantas pessoas”, assinalou.
Em aparte, o deputado Osmar Baquit (PDT) se disse triste em relação ao patrulhamento ideológico atualmente. “O cidadão Ciro Gomes esteve na mesma igreja do Apóstolo. E qual o problema disso? Se fosse por isso, a Igreja Universal tem o Edir Macedo, com representantes que são deputados. E o senhor falou o que é certo. Sabemos quando é cinismo. O senhor merece o respeito, e isso é hipocrisia. O senhor não envergonha esse Parlamento, tem uma história bonita. Saiu do fundo do poço e encontrou seu caminho. E o senhor é livre para se posicionar sobre o que quiser, isso nada tem a ver com sua fé”, defendeu.
O deputado Zezinho Albuquerque (PDT) afirmou que o deputado Apóstolo é uma pessoa de bem e não merece os ataques recebidos. “Eu fui a sua igreja, essa que acolhe a todos com tanto carinho. O que você fala é a mais pura verdade. Conte conosco”, disse.
Já o deputado Leonardo Pinheiro (Progressistas) reclamou da intolerância e extremismos presentes nas discussões. “Me ombreio ao seu discurso e deixo aqui meus parabéns por lembrar a importância do respeito e da compaixão”, ressaltou.
LA/AT