Segundo Acrísio Sena, tanto o pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva quanto parlamentares petistas da Câmara Federal já iniciaram os debates a fim de propor um novo direcionamento no que se refere aos direitos trabalhistas, dessa vez à luz do que vem acontecendo na Espanha, que tem buscado resgatar os direitos dos trabalhadores.
A reforma trabalhista em vigor no Brasil, ainda de acordo com ele, foi parte do “golpe” que culminou com o impeachement de Dilma Rousseff em 2016. “Foi uma proposta que reduziu a capacidade de negociação dos sindicatos por melhores condições de vida para os trabalhadores. O que temos, em vez de uma melhoria, é o aumento do subemprego, a precarização do trabalho, algo que tem como ponto máximo o que aconteceu com o Moïse Mugenyi Kabagambe, no Rio de Janeiro, na última semana, que foi espancado até a morte por cobrar seus salários atrasados ao patrão”, disse.
Acrísio Sena vai além e afirma que o que a reforma trabalhista proposta pelo governo Bolsonaro trouxe, na prática, foi o aumento do número de desempregados, que já alcançou a marca dos 13 milhões, e o aumento da informalidade, “um quadro que vai em breve arrebentar o sistema de aposentadoria do Brasil, pois é um cenário que não permite a manutenção do Sistema Previdenciário”.
O parlamentar também mencionou postagem nas redes sociais realizada pelo pré-candidato ao Governo do Estado e deputado federal Capitão Wagner (Pros/CE), na qual teria se referido ao Ceará como um estado de "governo rico e povo pobre”.
A “análise” de Wagner, para o deputado, é “mais uma demarcação estéril, sem números, nem comprovações e nem debates sobre os rumos do Estado”. “Ele omitiu dados importantíssimos em sua publicação, como o fato comprovado de o Ceará ser o estado que mais investe em políticas públicas para população vulnerável e ser o estado que mais reduziu a extrema pobreza em todo o Brasil”, lembrou.
Para o parlamentar, “é uma verdadeira incorreção ele querer debater o futuro do Ceará e omitir as realidade e os valores que o candidato à Presidência dele, que é Jair Bolsonaro, reserva para o Ceará, para o Nordeste e para a população brasileira como um todo”.
PE/AT