Heitor explicou que a ideia para a criação da fundação partiu do ex-secretário de saúde do Estado, Dr. Cabeto, que “conduziu a pandemia no Ceará de forma competente”, e informou que o edital do concurso público para o órgão prevê 6 mil postos de trabalho, com salários que podem chegar até R$ 23 mil.
“O Governo do Estado, entretanto, lançou o edital, mas até agora não houve concurso. Ele prometeu para este ano, já estamos chegando em outubro e nada. É como se fizesse isso só para aparecer bem nas redes sociais, e depois age como se não existisse”, analisou. Segundo o parlamentar, o Estado não dá condições para que as pessoas consigam dar continuidade à realização de seus tratamentos.
“As pessoas não conseguem, por exemplo, realizar exames complementares por falta de acesso, pois ou as pessoas não conseguem realizá-los dentro do prazo para que se dê prosseguimento ao tratamento ou não têm dinheiro para pagar pelo serviço. Esse exemplo é um retrato perfeito de como é o serviço de saúde no Ceará”, disse.
O deputado Carlos Felipe (PCdoB), em aparte, reconheceu que há essa demanda no serviço público de saúde e que a pandemia de Covid-19 explicitou o quão importante é o apoio político ao Sistema Único de Saúde (SUS). “É uma pena que muitos usem a demanda para fazer politicagem, prejudicando não apenas a rede de saúde, mas toda a população que dela dispõe”, observou.
Carlos Felipe disse também que o Estado deve dividir responsabilidade pela manutenção de hospitais regionais, polo e outros equipamentos, não deixando a carga apenas para os municípios, e, para isso, segundo ele, é necessária a promoção de concursos públicos.
PE/LF