Entre as medidas, estão a redução do horário de funcionamento para bares, restaurantes, shoppings e academias, o que vem gerando diversas reações por parte dos empresários e da população cearense.
Para o parlamentar, é natural a reação das pessoas diretamente impactadas pelas restrições, pois trata-se de seu sustento. Porém, ele chama atenção para o fato de que o governador segue as determinações das autoridades sanitárias, buscando evitar o aumento de contaminação e colapso do sistema de saúde estadual. “Nitidamente, os números aumentaram, seja pelas eleições, festas de fim de ano e aglomerações naturais que poderiam ser evitadas. Estamos com número de casos elevados que podem levar ao colapso do sistema de saúde” avaliou.
O deputado mencionou a situação dos terminais de ônibus da Capital cearense como uma demanda urgente para o Governo, além da situação das empresas e trabalhadores do mercado de eventos. “Fui ao terminal antes de chegar na Assembleia e os ônibus continuam lotados. As pessoas estão umas em cima das outras e as máscaras não protegem 100%. Precisa ser aumentada a frota. Temos também o problema da realização de eventos. O governador precisa ajudar, não sei se por meio da redução de impostos ou de outra forma. Mas ele precisa pensar com suas equipes de economia e encontrar uma maneira”, sugeriu.
Heitor pontuou que o decreto, ao reduzir o tempo de atividades de estabelecimentos, pode aumentar a possibilidade de aglomeração, e que o ideal seria um rigoroso sistema de fiscalização do cumprimento das regras recomendadas pelos especialistas em saúde. “A medida da forma que foi colocada impacta de forma muito forte na economia do Estado e isso não é bom. Nunca me coloquei de forma contraria a medidas do governador, pois são tomadas com base em parecer de técnicos. As sugestões que faço aqui são no sentido de tentar reduzir esse contágio”, ponderou.
Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PL) apoiou as palavras do colega parlamentar e criticou o fato de que o parque aquático Beach Park continue recebendo um número alto de visitantes e ainda fazendo promoção de ingressos. “Frequentar parque aquático pode, mas fazer casamento só para a família não pode. A população sabe que está tendo lei só para bar e restaurante. Botar lei para funcionar em um âmbito e não no outro não é justo”, reclamou.
O deputado Sérgio Aguiar (PDT) concordou com as observações do deputado Heitor Férrer e sugeriu convidar representantes das empresas de ônibus para debater o aumento das frotas. “Também a questão dos eventos, é preciso uma política pública de auxílio para esses trabalhadores”, assinalou.
Para o deputado Walter Cavalcante (MDB), as sugestões do colega são válidas, pois muitas categorias podem se extinguir por não conseguirem exercer suas atividades. “Essa Casa realmente precisa tratar com as empresas de ônibus e entender o que está havendo”, alertou.
LA/AT