O parlamentar apresentou números divulgados pelo Executivo, a respeito do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, que, segundo ele, tem a pretensão de chegar a 4%, frente ao Brasil. “Claro que torcemos para que isto aconteça, pois beneficiaria o Estado. Mas pergunto: onde estes resultados chegam?”
De acordo com Heitor Férrer, dos 9,5 milhões de habitantes cearenses, cerca de quatro milhões vivem na linha de pobreza, sendo um milhão de pessoas na linha de extrema pobreza. “Temos um milhão de pessoas em nosso Estado que não ganham sequer R$ 150por mês. Sessenta por cento da população não têm direito sequer ao esgotamento sanitário, e o governo nos mostra esses altos números e diz que é o Estado que mais investe”, criticou.
O deputado ponderou ainda que a culpa não é do governador, pois a disparidade econômica sempre esteve presente na história do Ceará, mas que cabe a Camilo Santana sanar o problema. “Do que adianta toda essa força econômica, se não chega na vida de quem mais precisa? Se não melhora a vida do povo? Onde está o Fundo de Combate à Pobreza? A culpa não é do governador, pois é algo que vemos no Ceará ao longo da sua existência, mas a missão está com ele para melhorar a situação”, avaliou.
Heitor Férrer comentou ainda sobre audiência pública que vai solicitar para debater a situação dos profissionais médicos do Estado. “O Plano de Cargos e Carreira dos Médicos foi aprovado em 2008 e até hoje não foi implementado na integralidade. Temos casos de profissionais que contribuíram 35 anos para o Estado, com ganho bruto de R$ 6.885,00 e com os descontos, recebem R$ 4 900,00. É assim que o Estado retribui?”
LA/AT