O parlamentar comentou que, na última semana, os jornais noticiaram o aumento da desigualdade no Brasil. Para o deputado, quando isso ocorre, os mais pobres têm menos acesso a serviços públicos, dificultando uma mudança do quadro para porções mais carentes da sociedade.
Heitor Férrer criticou a posição do Ceará na mostra de desigualdade no País. Segundo ele, o Estado é o quarto do Brasil com extrema pobreza; 44,7% da população ganha até R$ 20 por dia e, para cada 100 crianças, 61 vivem na pobreza. “Nós criamos um fundo para diminuir isso. Quais os resultados? Qual tem sido o nosso papel como representante do povo para mudar isso?”, questionou.
O deputado enfatizou a importância do Poder Legislativo no combate à desigualdade social no País. “Não há como essa desigualdade ser imputada a nós políticos, representantes desse povo. Cabe a nós fazer algo pra mudar essa vida difícil da população mais pobre. “Tudo que acontece na vida da população, de bom ou de ruim, passou por nós políticos. Ou é culpa do vereador, dos deputados estaduais, federais ou senadores. Nós legislamos não é para o Poder Executivo. É para o povo”, pontuou.
O deputado Carlos Felipe (PCdoB), em aparte, observou que, desde 2015, o Índice de Gini, que mede os dados da desigualdade, registra aumento da diferença de rendas no Brasil. De acordo com o parlamentar, devido a políticas de desproteção social. “Se o Estado não tiver a capacidade de diminuir a tributação dos pequenos empresários para estimular a renda e aumentar sobre os grandes, isso só irá piorar”, disse.
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