O parlamentar ressaltou que o estado do Ceará tem investido em educação, "exemplarmente", há mais de dez anos e hoje colhe os frutos. Das 100 melhores escolas públicas de ensino fundamental do Brasil, 82 são do Ceará, exemplificou. “O nosso Estado leva a educação a sério. Além das escolas, a Universidade Estadual do Ceará (Uece) se tornou referência nacional e mundial em citações”, pontuou.
Carlos Felipe ressaltou também que a Universidade Federal do Ceará (UFC), com apoio do Governo do Estado, ganhou grande visibilidade no meio médico por utilizar a pele da tilápia para auxiliar no tratamento de pessoas vítimas de queimaduras.
Outra ênfase foi ao Programa Avance, do Governo Estadual, que concede a estudantes bolsas universitárias e auxílio por um período de 12 meses, e a conquista do piso salarial dos professores, aprovado na Assembleia.
Segundo o parlamentar, o Governo Federal vai na contramão do Ceará ao cortar e reduzir investimentos no setor da educação. “Esse Governo não tem um planejamento. Os ministros da Educação escolhidos até agora, são pessoas sem qualificação para tratar desse assunto essencial para o desenvolvimento do País”, criticou.
O deputado falou também sobre a falta de soro antiofídico, utilizado em pessoas picadas por cobra, e outros medicamentos no País. “É um absurdo o que estamos vivendo. É uma vergonha para o Ministério da Saúde não dar o suporte necessário à Fiocruz, que é quem produz a substância”, criticou.
Outro ponto abordado pelo parlamentar foi a reforma da previdência, que teve o texto-base aprovado após a liberação de mais de R$ 1 bilhão em verba para emendas parlamentares. “Isso é uma troca de votos. 83% de quem está sendo atingido pela reforma ganha menos de um salário mínimo. Uma viúva receber um salário mínimo, após a morte do marido, e um trabalhador receber abono salarial não é privilégio”, ressaltou.
Carlos Felipe lembrou que os deputados são representantes de milhares de pessoas. Para ele, dizer que a reforma será feita pra retirar benefícios de quem ganha mais, é hipocrisia. “Compreendo que a reforma é necessária, mas não nas condições em que está sendo votada. Quem está ganhando são os banqueiros”, disse.
O deputado lembrou ainda que os servidores do Estado ainda não tiveram a reposição salarial, mas deseja que no próximo semestre o governador encontre uma alternativa. “Não tenho como defender essa situação. O Governo do Estado precisa estudar uma saída para que essa reposição seja feita ainda esse ano”, sugeriu.
GS/CG