O parlamentar disse que não há o que se comemorar com a instalação do Centro de Inteligência Regional do Nordeste, pois esse seria o “atestado de falência" do combate à violência por parte do Governo do Estado. “Antigamente, os estados brigavam para sediar órgãos como Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) ou universidades. Agora, o Governo quer tornar a vinda do centro como agenda positiva. Isso é lamentável”, avaliou.
Para Heitor Férrer, a vinda desse equipamento é um demérito. Ele acrescenta, entretanto, que o Ceará conseguiu se tornar mais violento que o Rio de Janeiro, com números que justificam o recebimento do Centro de Inteligência. “Tivemos 15 homicídios por dia no mês de janeiro. Multiplicado por 30, dá 400 por mês. Famílias que perderam seus entes queridos. Seres humanos”, lamentou.
Na opinião do deputado, é preciso cobrar mais ações do Governo, pois o problema não será resolvido somente com políticas ostensivas. “Se não levarmos educação, lazer e oportunidade de emprego para aqueles que estão à margem, não resolveremos o problema. Violência não se resolve com mais violência. Precisamos de escolas de tempo integral para o ensino fundamental, não só para as profissionalizantes”, sugeriu.
LA/PN