Para o parlamentar, é louvável que o Ministério da Justiça tenha enviado uma força-tarefa na segunda-feira (19/02) ao Ceará, composta por policiais federais e integrantes da Força Nacional de Segurança Pública, para auxiliar no combate ao crime organizado, mas ele ponderou que também é responsabilidade do Governo do Estado investir mais. “Há uma insatisfação grande de policiais civis cearenses que se sentem desvalorizados pela ausência de investimentos na formação de novos profissionais e na inteligência do setor”, afirmou.
Para Capitão Wagner, deve ser cobrada do Governo Federal a contribuição no combate ao crime organizado, mas também é obrigação do Governo do Estado investir em inteligência, "pois não basta apenas contratar profissionais se não houver um planejamento de ações que estruturem o trabalho deles".
O deputado também manifestou preocupação com a facilidade encontrada por grandes criminosos do País e do exterior de se abrigarem no Ceará e comandarem o tráfico de drogas. “Precisamos de ações preventivas, de um plano de contenção, no sentido de evitar que criminosos migrem para cá com a facilidade com que têm migrado”, salientou.
Capitão Wagner alertou ainda para a licitação de compra de novos armamentos para a polícia cearense, que tem sido alvo de questionamentos. De acordo com o deputado, as armas que vão ser disponibilizadas pela empresa vencedora da licitação apresentam algumas falhas que podem comprometer a atuação dos policiais.
“O secretário da Segurança Pública do Estado, André Costa, informou que essa empresa vencedora fornece o mesmo armamento para o exército americano, quando na verdade ele está em fase de teste. Precisamos da garantia da eficácia e da eficiência da arma, o que não parece ser o caso, pois ela pode colocar em risco o policial e a população no local em que ele estiver atuando”, pontuou Capitão Wagner.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) considerou que a discussão sobre a segurança pública precisa partir de um outro ângulo, como a atuação direta de traficantes nacionais no Estado, do que em possíveis falhas de um armamento que está sendo comprado pelo Governo do Estado.
“Entendo que para uma empresa fornecer arma para ser testada pelo Exército Americano, que é o mais equipado e rigoroso do mundo, é porque ela deve ter qualificação acima das demais. E se há uma pequena possibilidade de falha do equipamento, não vejo como algo tão grave”, apontou João Jaime.
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