Para o parlamentar, “diante da convulsão ética e moral que cobre a vida pública brasileira, a maior casta da justiça eleitoral no País promoveu um escárnio comportamental ao não sentenciar uma chapa que praticou crimes comprovadamente documentados”.
Na avaliação de Fernando Hugo, mesmo com um imenso quantitativo de provas que fundamentavam a cassação da chapa - conduzidas e embasadas pelo relator da ação, ministro Herman Benjamin -, os julgadores desprezaram as evidências.
“Foi uma votação esdrúxula, totalmente descontextualizada, com alguns ministros até dizendo que caixa dois e nada são a mesma coisa. Foi um desastre catatônico e vergonhoso do TSE ao absolver uma chapa indigna”, criticou.
Ainda de acordo com o deputado, “o Brasil vive um momento horrível da vida pública, em que até as altas cortes de Justiça estão em descrédito, o que exige uma reflexão grande por parte do povo”.
O deputado também lamentou a decisão do PSDB de, em reunião de cúpula na noite de segunda-feira (12/06), em Brasília, permanecer na base aliada do governo Temer.
“É uma vergonha absurda esse conluio e esse conchavo feito entre o PSDB - que tem homens honrados como Tasso, Alckmin e João Dória - e o PMDB para proteger os bandidos Aécio Neves e Michel Temer”, afirmou Fernando Hugo.
Em aparte, o deputado Capitão Wagner (PR) também manifestou tristeza com a decisão do TSE de absolver a chapa Dilma-Temer. “Defendia que a chapa fosse cassada por todas as evidências de corrupção, com provas de irregularidades e práticas ilícitas durante o pleito de 2014”, comentou Capitão Wagner.
Já o deputado Carlos Felipe (PCdoB) disse que, “enquanto estamos testemunhando uma grave crise moral e ética, a mais alta corte (eleitoral) do País tomou um procedimento contra a vontade da maioria dos brasileiros”, lamentou.
RG/GS