“Desde o início, o governador Camilo Santana aumentou inúmeras secretarias, e agora criou a Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo”, reclamou. O órgão foi criado por mensagem do Poder Executivo aprovada na quinta-feira (09/06), no Plenário da Casa.
Agenor Neto afirmou que há "falta de gestão” por parte da atual administração e questionou a saúde financeira do Estado. “O que nos preocupa é em qual Ceará estamos vivendo. Porque o secretário Mauro Filho (Fazenda), para contrapor um relatório do Banco Central, no qual coloca que o Ceará possui um rombo de R$ 2,2 bilhões, diz que o Estado está em equilíbrio e que o rombo não existe”, assinalou.
O parlamentar registrou, no entanto, que saiu na imprensa local o pedido do secretário da Fazenda de uma pedalada de 10 anos para uma dívida de R$ 2,8 bilhões só com o BNDES, sem contar as com outras instituições. Agenor Neto acrescentou ainda que foram aprovados, na Casa, nos últimos 16 meses, R$ 2,3 bilhões em novos empréstimos.
“O mesmo Governo que não tem recursos para manter os hospitais que já existem assina convênios com municípios”, salientou. Ele citou o convênio com a Prefeitura de Fortaleza no valor de R$ 30 milhões “só com asfalto”.
O peemedebista acredita ser necessário priorizar as pessoas. “O mais importante numa gestão é cuidar das pessoas, e cuidar das pessoas é cuidar principalmente da saúde pública”, afirmou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) parabenizou a postura do parlamentar ao apontar os erros e cobrar investimentos, em especial para a saúde. “Nós temos a missão de legislar e fiscalizar, de ser a caixa de ressonância da sociedade”, pontuou.
O deputado Zé Ailton Brasil (PP) discordou dos dados econômicos do Ceará, sobretudo em relação ao fato de que o Ceará apresenta o segundo maior rombo do País. Conforme o parlamentar, os números apontados pelo Banco Central não são do Tesouro Nacional. “Em termos orçamentários, valem os índices do Tesouro Nacional”, argumentou.
LS/AT