Audic Mota voltou a conclamar a Assembleia a dar uma contribuição mais efetiva para solucionar as dificuldades na área da segurança. “Acordamos todo dia sem saber o que vai acontecer. Não há sequer providências para hoje por parte dos órgãos públicos. A insegurança está estabelecida”, criticou.
Para o deputado, o projeto de lei que prevê instalação de bloqueadores de celulares em presídios, em tramitação na Casa, já é um atestado do fracasso da segurança pública, que não devia permitir o uso de aparelhos por detentos. “O Poder Público está permitindo que uma ilicitude ocorra. Isso não podemos deixar passar em branco neste momento”, disse.
O peemedebista destacou ainda que foi aprovado hoje, na Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca, requerimento de sua autoria para debater em audiência pública o planejamento da utilização das barragens do Trici e Arneiroz II, na região dos Inhamuns. Segundo ele, as águas poderão ser distribuídas com maior racionalidade.
Em aparte, o deputado Carlos Matos (PSDB) afirmou que todos devem fazer tudo pela segurança. “Precisamos aprovar o projeto de lei que autoriza o uso de bloqueadores. Não podemos conviver com essa situação. Todos nós precisamos reafirmar o nosso empenho, para que sejam tomadas as medidas necessárias. Não podemos nos curvar diante das facções do narcotráfico. Precisamos também instalar a CPI do Narcotráfico”, defendeu.
O deputado Agenor Neto (PMDB) avaliou que a situação é caótica, no que diz respeito à segurança pública do Estado. Segundo ele, na delegacia da região centro-sul, localizada em Iguatu, não havia nenhum delegado durante o período do Carnaval. “A cadeia pública da cidade foi fechada por falta de uma fossa. Por isso, os presos foram transferidos para a delegacia, que agora conta com 22 presos em uma cela com capacidade para oito. Ou seja, está na iminência de ocorrer um motim, como já ocorreu na Delegacia da Mulher do Centro-Sul. Além disso, mais de 300 mandados de prisão em Iguatu não são cumpridos porque não há onde colocar mais presos. Eles estão soltos e cometendo delitos", pontuou.
O deputado Ferreira Aragão (PDT) externou sua preocupação com as audiências de custódia. Segundo ele, por conta desse dispositivo legal, “vários bandidos estão sendo jogados para a liberdade, porque não há mais onde guardar marginais”.
JS/CG