O parlamentar explicou que a mensagem objetiva estimular o aprimoramento profissional do servidor, permitindo que o policial percorra toda a carreira até contemplar a aposentadoria, por meio de promoções e da melhoria salarial.
Júlio César Filho disse ainda que a matéria contempla quase 100% dos servidores da Polícia Civil, beneficiando os ativos e inativos. “Os salários do primeiro ao último nível quase dobrarão, e acabará a grande distorção salarial que existe entre delegados, inspetores e escrivães”, esclareceu.
Em aparte, os deputados Renato Roseno (Psol), Rachel Marques (PT), Odilon Aguiar (PMB), Evandro Leitão (PDT), Capitão Wagner (PR) e Bruno Gonçalves (PEN) parabenizaram o Governo do Estado pela medida e elogiaram a mensagem.
Renato Roseno alertou, entretanto, que “não se deve reduzir os horizontes, mesmo com essa descompressão”. Ele lembrou que, há 20 anos, o número de policiais civis era o dobro do efetivo de hoje. “A importância disso é que, com esse número reduzido, não é possível concluir os processos de responsabilização penal”, frisou. O parlamentar declarou seu apoio à matéria e cobrou mais investimentos para se ampliar o quadro de policiais civis.
Rachel Marques apontou a medida como um “marco histórico para a categoria dos policiais civis”. A petista lembrou que o diálogo entre a categoria e o Governo do Estado foi longo, porém, construtivo e consensual. A deputada propôs que a matéria seja votada em regime de urgência.
Odilon Aguiar considerou que o aumento do efetivo de policiais poderá dar celeridade ao trabalho da Polícia Civil. “É importante que eles tenham esse reconhecimento”, disse. Já o líder do Governo, deputado Evandro Leitão (PDT), também sugeriu que a matéria seja votada o mais breve possível.
Capitão Wagner ressaltou que, se a categoria ou os parlamentares não apresentarem emendas à mensagem, ela poderá ser votada já na próxima quinta-feira. “Vejo que ela contempla bem a categoria, então podermos votá-la de imediato”, disse.
Já Bruno Gonçalves lembrou que há seis mil policiais civis em formação, oriundos do concurso de 2014. “Peço que o Governo os transforme em Cadastro de Reserva, para que, logo que tiver condições financeiras, possa convocá-los de imediato, sem a necessidade de um novo concurso público”, sugeriu.
PE/AT