O parlamentar explicou que, durante a gestão da ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins, foi aprovada lei de iniciativa do então vereador Lula Morais (PCdoB) determinando a obrigatoriedade de os novos condomínios colocarem hidrômetros individuais em cada unidade habitacional. Porém, os prédios antigos continuaram com uma conta coletiva, podendo, por iniciativa dos condôminos, modificar para consumo individual.
“Essa mudança, no entanto, está sendo dificultada porque, dentro das normas da empresa, só é possível transformar a conta coletiva em contra individual se houver a concordância de todos os condôminos. Se pelo menos um discordar, a alteração não é feita”, frisou.
Heitor Férrer ressaltou que, no momento em que o Estado enfrenta um grave problema de escassez d’água, precisando economizar para não entrar em colapso, é preciso que se criem mecanismos para a redução do consumo. “Há estudos que apontam a economia de até 35% do consumo quando a conta de água deixa de ser coletiva e passa a ser individual. O que é de todos não há preocupação em poupar”, afirmou.
O deputado lembrou ainda que em sua residência moram sete pessoas, enquanto há, em seu prédio residencial, moradias em que apenas duas pessoas residem, mas pagam, por meio da taxa do condomínio, o mesmo valor pelo consumo de água. “Isso não é justo. A Cagece vai precisar de artifícios para estimular a redução do consumo, diante de mais um ano de seca que se prenuncia”, acentuou.
Em aparte, a deputada Fernanda Pessoa (PR) disse que recebeu uma foto de um carro da Ecofor lavando o calçadão da Beira Mar com água potável. “Cadê o bom exemplo do Poder Público?”, indagou.
JS/CG