Para a parlamentar, é dever do Estado, e não do cidadão, municiar-se, com a alegativa de ficar mais seguro. “Sou contra, acho que o Estado é que tem que fazer cumprir seu papel”, afirmou. A deputada defendeu a “luta por um País pacífico e cristão.”
Na opinião de Dra. Silvana, é mais fácil para um bandido tomar a arma de um cidadão, com perfil psicológico de possuir uma arma de fogo, por estar mais preparado para praticar o delito.
A peemedebista entende que, ao facilitar o porte de armas ao cidadão, além de gerar mais violência, vai dar margem também para acidentes com crianças com algum problema mental ainda não descoberto, “fazendo com que peguem a arma dos pais e saiam matando 20, 30 pessoas”, a exemplo dos Estados Unidos”. Dra. Silvana acredita que o retorno ao debate é uma forma “desviar o foco de que nosso País está falido.”
Em aparte, o deputado Ely Aguiar (PSDC) endossou o discurso da peemedebista, afirmando que o debate sobre colocar a arma na mão do cidadão em função da inoperância do Estado não é o melhor caminho. Para o parlamentar, cabe ao Estado brasileiro garantir a devida segurança e fechar as fronteiras. “É uma temeridade a gente andar por esse caminho“, avaliou. De acordo com Ely Aguiar, o Governo precisa é aumentar e valorizar o efetivo policial civil no Estado, que tem uma defasagem de sete mil homens.
Para o deputado Roberto Mesquita (PV), “temos que afastar para longe algo próximo do incitamento da violência”. O parlamentar disse que não consegue pensar “que estimulando compra de armas se consiga algo parecido com paz”.
O deputado João Jaime (DEM) destacou a falência da segurança no Brasil, em razão da falta de política para o setor em nível federal e estadual. “A política de segurança nos estados está falida”, disse, ressaltando os altos índices de criminalidade, sobretudo no Ceará.
Para o deputado Carlos Felipe (PCdoB), é preciso regular a entrada de armas no Brasil e a capacidade de controlar o ingresso de drogas no País. O parlamentar entende que é necessária uma força-tarefa, uma ação mais enérgica do Governo Federal.
“Temos que ser justos: a nova lei não pretende facilitar a compra de uma arma. Não podemos mistificar como se fosse qualquer pessoa que vá ter a condição de comprar uma arma”, contestou o deputado Audic Mota (PMDB). Segundo o parlamentar, o que está sendo discutido é que o cidadão, reconhecido pelo Estado, através de critérios rigorosos, possa andar armado ou até mesmo possuir uma arma. “Não é porque o cidadão vai andar armado que vai impedir o bandido”, acrescentou.
LS/AT